DH captura 5 acusados de integrar quadrilha

Dando continuidade a operação “Toque de Recolher”, a Delegacia de Homicídios cumpriu mais cinco mandados de prisão de indivíduos acusados de integrar a “gangue do meio”, e responsáveis por tentativas de homicídios na região. Estão presos Alisson Luís Lopes, mais conhecido como “Bocão”, 20 anos; Adriano Christian Ribeiro, 23; Elison Molina, 19; Fábio Eduardo Felau, 20, e Victor Basso Alves, o “Doug”, 20. “Ainda faltam mais prisões para serem efetuadas. Ao todo são 13 mandados”, ressaltou o delegado Stélio Machado, titular da Delegacia de Homicídios.

Stélio informou que, com a prisão de Elizabeth Ferreira da Silva, mais conhecida como “Bega”, 47, do filho dela Leandro Ferreira da Silva, o “Feijão”, 21, e do arqui-rival deles, Antônio Edicláudio Alves, vulgo “Passarinho”, 43 – estes seriam os “barões” da droga no Cajuru -, a “gangue do meio” tentou ganhar espaço e liderar o tráfico na região. “Eles já respondem a mais de 15 inquéritos na delegacia. Somente um deles resultou em morte, que foi o do comerciante José Rogério da Silva, 50 anos, que abriu seu bar, desobedecendo ao toque de recolher imposto pelos traficantes no Cajuru”, salientou o delegado.

Comerciante

O crime referido por Stélio aconteceu à 1h55 do dia 20 de setembro passado, quando o comerciante foi baleado na cabeça. O motivo seria o descumprimento da ordem dos traficantes de fechar o seu bar, situado no cruzamento das ruas Sebastião Marco Luís e Paulo Frotim, no Cajuru. O estabelecimento, de acordo com os marginais, deveria ser fechado às 19h do dia anterior e nenhum morador deveria sair às ruas após este horário. Jonathan Martins, 14 anos, que passava pelo local foi ferido com um tiro na perna. Os dois foram socorridos pelo Siate e conduzidos ao Hospital Cajuru, mas José não resistiu e morreu na noite de anteontem. Os autores ocupavam uma motocicleta e fugiram.

Trabalhos

O delegado salientou que, a partir da notícia de que os bandidos tinham imposto aos moradores e comerciantes o toque de recolher, ele determinou que os investigadores Marcos, Jairo, Paulinho e Santos Dumont, acompanhados pelo delegado Marco Aurélio de Góes iniciassem uma investigação para descobrir os responsáveis pela ordem, sendo que a operação recebeu o mesmo nome dado pelos marginais. “Descobrimos que eles queriam ganhar mais espaço. Na verdade fazem parte de uma gangue denominada “do meio”, mas solicitamos a prisão deles à Justiça, antes que eles conseguissem o objetivo de dominar a região”, contou o delegado.

Ele disse que, em menos de um mês, foram instaurados 15 inquéritos, sendo que as autorias foram atribuídas à “gangue do meio”. “Eram soldadinhos do tráfico que almejavam tornarem-se generais”, frisou o policial.

Prisões

Adriano, Elison, Fábio e Victor foram presos na tarde de segunda-feira. O último a ser recolhido foi Alisson Cristian Ribeiro. Ele se apresentou ontem a tarde na delegacia com seu advogado e após prestar depoimento recebeu voz de prisão. Ele e o advogado Claudir Dalacosta não contavam que a prisão já tivesse sido decretada. “Eu não devo nada. Tanto que vim até aqui para colaborar”, salientou o suspeito.

Victor diz que é acusado do assassinato do comerciante. “Ele era meu conhecido. Nunca iria fazer isto. Estão me acusando porque eu tenho uma motocicleta”, justificou. Já Adriano contou que está detido por envolvimento em uma briga ocorrida há alguns meses.

Todos eles negaram ser integrantes da “gangue do meio” e garantiram não ter envolvimento algum com o tráfico, mas a polícia diz ter provas suficientes. “Tanto que pedimos a prisão à Justiça e eles estão aqui. Vamos continuar trabalhando para acabar com as mortes e o tráfico. Assim que conseguirmos prender os integrantes da “gangue do Cajuru”, vamos partir para outros bairros. Aqui quem manda é a polícia e não o tráfico”, enfatizou Stélio Machado.

Voltar ao topo