Detido com documentos falsificados

Certidão de nascimento, CPF e identidade falsificados levaram Wagner José Mateus, 24 anos, para a prisão. O rapaz caminhava pela Rua Marechal Floriano Peixoto, quase esquina com a Rua Marechal Deodoro, no centro de Curitiba, quando foi abordado por policiais militares da Companhia de Choque. Durante a abordagem, os PMs verificaram que Wagner possuía uma carteira de habilitação em seu nome e o restante dos documentos em nome de Marcos Antônio Araújo. Diante da situação, Wagner recebeu voz de prisão e foi conduzido à Central de Polícia, onde foi autuado em flagrante por estelionato.

O sargento Adilson Freitas, do 12.º Batalhão, informou que os soldados Genésio e Frantz, da Companhia de Choque, estavam fazendo patrulhamento de rotina. Quando viram Wagner, desconfiaram de sua atitude e resolveram fazer a abordagem, descobrindo que se tratava de um golpista. Além dos documentos em nome de Marcos, Wagner tinha uma ficha de financiamento de um banco em branco e um talonário de cheques. Mesmo assim, afirmou que não pretendia aplicar golpe. "Ele confessou que comprava telefones celulares usando nomes de outras pessoas e depois revendia", disse o sargento. "O problema é que os estelionatários conseguem comprar tudo e dão golpe. Muitas vezes, um trabalhador não compra à prestação porque a renda é insuficiente ou porque está com o nome no Serviço de Proteção ao Crédito", lamentou o policial.

Versão

Wagner contou que sempre trabalhou como vendedor, mas atualmente estava desempregado e pretendia viajar para a Espanha. Sem dinheiro e com o nome "sujo na praça", o rapaz comprou uma certidão de nascimento em branco e preencheu as informações. "Criei tudo sozinho", alegou. Depois providenciou os outros documentos. "Eu pretendia abrir uma conta no banco para conseguir um cartão de crédito internacional. Também iria tentar um financiamento para ter dinheiro para viajar", revelou. "Não ia aplicar golpe em ninguém. Só estava precisando de dinheiro."

Ele disse ainda que, para "sobreviver", estava comprando telefones celulares e revendendo. "Não estava enganando ninguém, quem comprava sabia", justificou Wagner. (Valéria Biembengut)

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