Delegacias divergem a respeito de morte de guardião

Ainda não está definida a delegacia que investigará o assassinato do guardião Manoel Antônio Miguel, 62 anos, ocorrida anteontem no Cajuru. Mesmo com a suspeita de latrocínio (roubo com morte) – que deveria ficar com a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) – o caso foi encaminhado à Delegacia de Homicídios (DH). Porém, ontem, quando a DH iniciava investigações, descobriu que, durante a madrugada, a DFR prendeu um suspeito de ter ligação com o crime.

O detido tinha mandado de prisão por tráfico de drogas e seria ex-pedreiro da obra, em que Manoel trabalhava. De acordo com a delegada Iara Dechiche, da DH, suspeita-se que ele tenha voltado, para se vingar de Manoel pela demissão. Apesar disso, o delegado Luiz Carlos Oliveira, da DFR, não fez qualquer confirmação de que o detido tenha relação com o crime.

Crime

O corpo de Manoel foi encontrado pelos seus colegas, que chegaram para trabalhar na segunda-feira. Ele foi desfigurado e teve parte do couro cabeludo arrancado a golpes de facão. O dinheiro que tinha na carteira e uma máquina da obra foram levados. Oliveira diz que o caso foi vingança e por isso o deixou por conta da DH.

“Se fosse assalto, o ladrão não tinha maltratado tanto da vítima”, explicou o delegado. Já para a DH o caso é latrocínio, pois confirmou-se que valores foram levados. Mesmo assim, aceitou investigar a morte.