A distância de uma quadra esconde o mistério do atentado contra duas mulheres, no Alto Boqueirão, ocorrido na madrugada de ontem. Uma morreu e a outra, identificada, pela Delegacia de Homicídios (DH), apenas como Roseli, 37 anos, foi baleada na Rua Campo Mourão e socorrida pelo Siate, em estado grave, ao Hospital do Trabalhador.
O corpo da outra mulher permanecia sem identificação até a noite de ontem no Instituto Médico-Legal. Ela foi baleada na esquina da Rua Eduardo Pinto da Rocha com a Coronel Américo Walger, a uma quadra de onde Roseli foi ferida. O Siate chegou a atendê-la, meia hora depois de ter socorrido Roseli. No entanto, a vítima já estava sem vida.
Pela proximidade de horários e locais, a polícia acredita que os dois casos estejam relacionados. Segundo informações, Roseli estava em sua casa, quando alguém lhe chamou no portão. Quando atendeu, levou os tiros. Logo em seguida, a outra mulher foi morta.
Desespero
Um morador contou que, por volta das 2h, ouviu alguém batendo na porta de sua casa, como se quisesse entrar. Ao perguntar quem era, a pessoa nada respondeu. Logo em seguida, ele ouviu tiros. Depois de alguns minutos, teve coragem de sair para ver o que acontecia e viu o corpo da mulher no meio da rua.
Aparentando cerca de 30 anos, a vítima levou tiros no peito e cabeça. A polícia encontrou nove projéteis de pistola 380 e uma trouxa de roupa, perto do corpo. Ela usava chinelos verdes, calça jeans, blusa preta e jaqueta roxa. Moradores locais contaram que sempre a viam perambulando pelas ruas do bairro. A polícia investiga a hipótese de a desconhecida ter presenciado o atentado contra Roseli e ter fugido em seguida, para também não ser ferida pelos tiros.