Crime do Morro do Boi tem mais um capítulo

Ministros da 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram o pedido de anulação do julgamento de Juarez Ferreira Pinto, condenado a 56 anos e 8 meses de reclusão pelo assassinato do estudante universitário Osíris Del Corso e pela tentativa de homicídio contra a namorada dele, Monik Pergorari de Lima, que foi baleada nas costas e ficou paraplégica. O crime aconteceu na tarde de 31 de janeiro de 2009, em Caiobá, na trilha existente do Morro do Boi.

A defesa de Juarez tentava conseguir novos interrogatórios de Paulo Delci Unfried e Célio Ferreira Gomes, cujas participações jamais foram explicadas. Paulo foi preso por policiais militares, dois meses após o crime, com a arma usada no crime e objetos tomados em assaltos a residências, nos quais as vítimas eram deixadas nuas e algumas violentadas.

Ele confessou o atentado no morro, tentou suicídio na delegacia, depois passou a negar o delito e por fim admitiu que a arma havia emprestado para Célio na época da morte de Osíris.

Quando Paulo foi preso, Célio desapareceu. Viciado em crack, pai de quatro filhos, havia abandonado a família. Semanas depois, policiais do Gaeco (do Ministério Público) interrogaram Célio e a mãe dele e liberaram os dois, sem que até hoje se saiba o teor do interrogatório. A condenação de Juarez foi baseada somente no reconhecimento feito por Monik. Os inquéritos contra Paulo ainda estão no Fórum de Matinhos.

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