Crime contra taxista tinha como alvo o passageiro do táxi

Roberto da Luz Monteiro, 38 anos, abandonou a vida de caminhoneiro para trabalhar como taxista em Curitiba, achando que a nova profissão seria mais tranquila. No entanto acabou assassinado na madrugada de domingo, num atentado que provavelmente nada tinha a ver com ele.

O alvo dos criminosos era o passageiro do veículo, que também foi executado. O rapaz portava um documento em nome de Jessé Cordeiro Roque, mas familiares o identificaram como Zalmen da Silva, 27 anos.

A Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, aguarda o resultado do exame de impressões digitais do morto, para apurar o verdadeiro nome e dar andamento às investigações.

O crime ocorreu por volta das 4h30 de ontem, na Rua Professor Fernando Moreira, conhecida como “Rua dos Chorões”, no centro. Segundo apurou a Delegacia de Homicídios, Roberto havia acabado de pegar o passageiro, próximo a uma boate, quando recebeu os tiros. Suspeita-se que os assassinos seguiram Zalmen e agiram tão logo ele embarcou no táxi.

Crime

O taxista já transitava pela Rua Fernando Moreira quando foi surpreendido pelos criminosos. “Pelo que percebemos no local, os marginais chegaram atirando por trás do táxi e o veículo, descontrolado, bateu num carro que estava na frente. Os matadores então foram até a janela do taxista e atiraram mais vezes”, disse o socorrista Antônio Marcos, do Siate.

O táxi de Roberto, Corsa Sedan placa AQI-7537, tinha sete marcas de tiros na parte traseira da lataria. Porém é provável que os assassinos atiraram muito mais vezes pois os vidros do lado esquerdo e o traseiro ficaram estilhaçados e os bancos perfurados.

Roberto foi ferido no peito, na altura do coração, e na cabeça. Zalmen foi atingido por quatro balas nas costas. A polícia recebeu uma denúncia anônima dando conta que outro táxi, da marca Renault, estaria dando cobertura aos criminosos e que o atentado teria sido motivado por drogas.

A esposa de Roberto esteve na DH. Ela contou que o marido trabalhava como taxista há pouco mais de um mês. Antes disso, desistiu da vida nas estradas e vendeu o caminhão. Roberto era pai de quatro filhos.