Bancos

Correntistas ficam vulneráveis nos caixas eletrônicos

A greve dos bancários, iniciada ontem, traz outra preocupação à população. O acúmulo de pessoas nos caixas eletrônicos pode atrair a atenção dos criminosos. As áreas não possuem biombos, na maioria das agências, e não são protegidas por portas giratórias. Com isso, fica mais fácil de o bandido observar as operações realizadas e atacar os clientes na saída do banco.

O Sindicato dos Vigilantes divulgou, ontem, que desde 1.º de julho, ocorreram nove assaltos a clientes que tinham acabado de sacar dinheiro. Foram cinco em Curitiba, dois em Colombo, um em Pinhais e outro em Ponta Grossa. Em dois destes roubos houve a morte das duas vítimas.

Para a entidade a quantidade de ataques a bancos aumentou este ano, no Paraná. O sindicato registrou 83 ataques até 26 de setembro, contra 52 no ano passado. São considerados roubos a clientes fora de agências, arrombamentos a caixas eletrônicos e agências, assaltos de malotes e carros-fortes, além dos roubos às unidades de atendimento.

Ranking

De acordo com o sindicato, 56 dos ataques ocorreram no primeiro semestre, o que deixou o Paraná atrás apenas de São Paulo, que já possui 184 ataques só na capital, e da Bahia, com 89. Dos 56 crimes no Paraná, 25 ocorreram em Curitiba, quatro em São José dos Pinhais, dois em Colombo, e os outros dois em Campina Grande do Sul e Bocaiúva do Sul.

O delegado Amarildo Antunes, responsável pelas investigações do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), diz que é perigoso colocar todos esses tipos crimes numa vala comum. “A reunião destes números, somados, pode causar pânico. Consideramos assalto à banco, especificamente, aquele em que bandidos invadem uma agência e usam violência contra clientes e funcionários. Os outros tipos de furtos e roubos não são assaltos a bancos”, explicou.

Registros

O Cope registrou 12 roubos a banco no primeiro semestre. No ano passado, a polícia foram 15 desses crimes no Paraná. Antunes ainda explica porque as estatísticas do Cope são diferentes das do Sindicato, que afirma que houve cinco roubos a bancos no terceiro trimestre de 2011. “Registramos apenas um assalto a banco, no dia 16, na Avenida Brasília, em Curitiba. As outras instituições a que o sindicato se refere são correspondentes bancários ou postos de atendimento. Se fosse assim, casas lotéricas também seriam consideradas bancos. Nossas estatísticas não são genéricas”, ressaltou Antunes.