Coronel acusado de assediar sexualmente uma policial militar

O comandante da Academia Policial do Guatupê, coronel João José Ramirez Júnior, é acusado de assediar sexualmente uma policial militar, que era sua subordinada. A soldado, identificada apenas como Michele, denunciou o assédio ao serviço reservado da PM. Segundo o advogado do coronel, Eurolino Sechinel dos Reis, assim que seu cliente soube da acusação, pediu o afastamento da função e abertura de inquérito, uma vez que garante poder provar sua inocência.

Há 47 dias, o coronel assumiu o comando da academia. Lá, conheceu Michele que, formada em fisioterapia, trabalhava no tratamento dos policiais. Segundo o advogado do coronel, a confusão começou quando Ramirez cobrou da soldado a limpeza da piscina que ela usava para fazer as sessões de fisioterapia. ?Ela ficou com medo de perder a condição de trabalho de fisioterapeuta e acusou, sem qualquer fundamento, o coronel. Michele exerce a função de forma ilegal, pois prestou concurso para ser soldado da PM?, disse o advogado.

Quando soube da acusação, há cerca de 15 dias, o coronel Ramirez pediu o afastamento das funções, uma vez que a denúncia era muito séria. O tenente-coronel Sérgio Luís Beller assumiu o comando e o coronel foi transferido para o Quartel Central, onde trabalha normalmente até a conclusão das investigações. ?Foi aberto o inquérito e anexada a denúncia de Michele. Esta semana receberei os documentos e poderei falar no que constituem as acusações. Em princípio sei que ela acusou meu cliente de pegar na sua mão?, disse o advogado.

Segundo Eurolino, o coronel Pirollo foi destacado para presidir o inquérito – para esta função é necessário que a policial tenha mais tempo de serviço do que o acusado. Durante o procedimento de apuração da denúncia, a soldado, testemunhas e o coronel Ramirez serão ouvidos e depois os documentos serão encaminhados ao Ministério Público. ?O coronel Ramirez quer que ela prove as acusações. Se isso não acontecer poderá sofrer sérias punições, como até mesmo a expulsão da tropa e responder um processo por calúnia?, disse Eurolino.

Depois da denúncia, a soldado foi transferida ao Comando de Policiamento da Capital (CPC) de onde foi removida para o Hospital da Polícia Militar. A reportagem tentou entrar em contato com a soldado, mas ela não foi localizada.

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