Continuam presos os suspeitos de integrar um grupo de extermínio

Continuam presos quatro suspeitos de integrar um grupo de extermínio, que seria responsável por oito homicídios na região metropolitana. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço investigativo do Ministério Público, confirmou que o tenente Marcelo Freitas Barbosa é o único militar detido. Ele é apontado como o líder da quadrilha.

Entre os crimes atribuídos ao bando, está a morte do procurador de justiça aposentado Orivaldo Spagnol, em agosto do ano passado, em Campina Grande do Sul. As investigações indicam a participação de pelo menos três pessoas no crime. Dirceu Santos de Godoy e Neander Santos Chaves foram denunciados à Justiça. O terceiro envolvido seria um vigilante, que teve seu sigilo telefônico quebrado e apurou-se que ele mantinha contato direto com Neander. Ele teria informado ao tenente Freitas onde estava Neander no dia em que o suspeito foi morto pelo policial, em suposto confronto, na BR-116.

De acordo com a Polícia Civil, o vigia teria sido baleado pelo procurador, durante o assalto. Porém, mesmo encaminhado ao Hospital Angelina Caron, o suspeito não foi detido. O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, confirmou que o vigia é um dos presos na operação.

Investigação

As investigações ainda não estão concluídas. O tenente Freitas segue preso em um quartel da Polícia Militar. O comando da PM informou que está ajudando o Gaeco nas investigações e que tem interesse em retirar da corporação os policiais que estejam comprovadamente envolvidos em crimes. Os três civis detidos estão no Centro de Triagem II, em Piraquara. “As prisões são para cinco dias, mas se for confirmada a participação deles em homicídios, o prazo aumenta para 30 dias”, explicou Batisti. Além do tenente e do vigia, estão presos um homem ainda não identificado e o irmão de um vereador de Quatro Barras.

Antônio Assunção, irmão do prefeito de Campina Grande do Sul, foi preso por porte ilegal de arma de fogo, durante as buscas realizadas pelo Gaeco, mas não teria envolvimento com a quadrilha. O advogado dele informou que Antônio pagou fiança, cujo valor não foi revelado, e responderá pelo crime em liberdade.