Um perigoso artefato explosivo, de uso restrito das Forças Armadas, foi encontrado em um terreno baldio, no bairro Santa Cândida, na tarde de ontem. O rojão, que costumava ser usado para treinamento de destruição de tanques de guerra, foi desativado no local pelo Grupo Antibomba do COE (Comandos e Operações Especiais) da Polícia Militar.
De acordo com o tenente Antônio Cláudio da Cruz, por volta das 12h moradores da Rua Reinaldo Jacob Von Mühlen, avistaram um carrinheiro carregando o explosivo nas mãos. Preocupados, eles acionaram a polícia que, ao chegar no local, deteve o homem. "Ele disse que encontrou o rojão no lixo do terreno baldio e que não sabia o que era. Porém, esta versão será investigada pela Polícia Civil, pois o indivíduo já tem antecedentes criminais por roubo de veículos", contou o tenente.
O risco do artefato explodir enquanto estivesse sendo transportado obrigou os policiais a desativar a bomba no local. Ela foi colocada em um buraco, com cerca de um metro de profundidade e isolamento de 50 metros. "Os estilhaços da explosão podem matar pessoas em um raio de 25 metros. O rojão estava com o clipe de segurança", contou o tenente. O material que sobrou foi encaminhado à perícia, para que seja possível saber a origem do artefato e como ele foi parar naquele local.
Ainda, de acordo com o policial, este explosivo não é mais usado pelas forças armadas desde o ano 2000. "Acredito que o maior problema é a falta de controle das Forças Armadas, pois certamente este material foi levado por alguém de dentro do quartel. Possivelmente a pessoa não sabia o que fazer com o objeto e o jogou fora, sem imaginar o perigo que corria", finalizou o policial, lembrando que somente no primeiro semestre deste ano o COE atendeu 11 ocorrências semelhantes a esta.