Catador de papel morto com oito tiros

O catador de papel Vanderlei Romão dos Santos, 25 anos, foi morto com oito tiros de pistola calibre 380, por volta de 18h45 de domingo, na Rua Leonardo Gelinski, esquina com a Travessa J, na Vila Camargo, Cajuru. As balas o atingiram na virilha, nas costas, no braço e no queixo. Duas hipóteses foram levantadas pela polícia como motivos para o crime. A primeira seria a discussão que a vítima teve com um ex-cunhado, no dia anterior, esfaqueando-o. Alguém pode ter vingado a tentativa de homicídio. A outra seria um acerto de contas por dívida de drogas, fato corriqueiro naquela região.

Débora, 20 anos, ex-mulher de Vanderlei, conta que um dia antes ela recebia a visita de seu irmão, Paulo, quando Vanderlei chegou. Inconformado com a separação, ele discutiu e ameaçou agredir Débora. Paulo interveio em defesa da irmã e levou uma facada na barriga. O Siate foi acionado e Paulo foi internado no Hospital Cajuru, onde permanece em estado grave. "Eu não sei porque o Vanderlei fez isso. Não sei se estava bêbado ou drogado", disse Débora, que afirmou que seu ex-marido era usuário de drogas. "Pena ele ser viciado, porque como pai era muito bom. Mesmo separados, não deixava faltar nada dentro de casa e vinha sempre ver as filhas", contou Débora. Após seis anos de casamento, o casal estava há dois meses separado e tinha três filhas.

Morte

Paulo foi esfaqueado na Travessa Lins, bem próximo de onde Vanderlei foi morto, e o que separou os dois crimes, além de um período de pouco mais de 24 horas, foi o trilho do trem, que corta o bairro Cajuru. Débora não acredita que a morte foi conseqüência da briga que Vanderlei teve com Paulo. Ela acha mais provável a hipótese de acerto de contas.

Moradores da casa na esquina onde Vanderlei foi morto disseram ter ouvido entre oito a dez tiros. Já outra pessoa, que preferiu não se identificar, ouviu uma discussão, em que uma das pessoas disse: "Toma isso aqui pra você aprender", e em seguida foram feitos os disparos. De acordo com o soldado Saboya, que atendeu o caso junto com o soldado Monteiro, do Projeto Povo Cajuru, ninguém informou as características dos atiradores.

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