Caso de pedofilia e extorsão perto do fim

Nos próximos 15 dias a Corregedoria da Polícia Civil deve concluir as investigações envolvendo policiais civis na rede de pedofilia associada a extorsões. Três policiais, entre eles o delegado Edson José Costa, continuam foragidos. Desde quando o caso começou a ser investigado, há 48 dias, 20 pessoas já foram presas.

A Secretaria da Segurança Pública informou que não se sabe o dia exato em que o inquérito policial será concluído. No dia 2 junho, a corregedora Charis Tonhozi Negrão pediu prorrogação do prazo para a entrega dos documentos por mais 30 dias. Portanto, até o início do próximo mês o inquérito deve chegar à Promotoria de Investigação Criminal (PIC). Lá, os promotores decidirão se irão ou não oferecer denúncias contra os acusados. Os policiais estavam lotados no 4.º, 7.º e 12.º Distrito Policial.

Prisões

No dia 19 de maio, a Corregedoria prendeu temporariamente os primeiros 14 policiais envolvidos no esquema, entre eles dois agentes administrativos e dois delegados. Dias depois, dois dos investigadores foram soltos por falta de provas. Um investigador e os delegados Edson José Costa e Moisés Américo de Souza Neto, adjunto e titular do 4.º DP, respectivamente, foram soltos por habeas corpus. No último dia 6, a Corregedoria decretou novamente a prisão preventiva dos três, mas o delegado Edson não foi encontrado e continua foragido. Há informações que ele teria avisado que não pretende se entregar tão cedo.

Também em 6 de junho, a Justiça decretou as prisões preventivas de mais nove policiais e dos que já estavam presos por prisão temporária. Luciana Polerá Correia Cardoso e o tio dela, Lincon Lima Santos, que estavam presos temporariamente, também tiveram prisão preventiva decretada.

A mulher continua recolhida na Penitenciária Feminina de Piraquara e o advogado dela, José Feldhaus, já adiantou que não irá entrar com pedido de habeas corpus até a conclusão das investigações. "Não sei quais são os fatos que já foram apurados pela Corregedoria e que incriminam minha cliente. Vamos esperar que tudo seja esclarecido, pois acredito que ela será beneficiada pelas informações que prestou", disse o defensor de Luciana

Trama

As denúncias apontam que há pelo menos dois anos membros da Polícia Civil estariam extorquindo pedófilos escolhidos pela internet para encontros amorosos com garotas de 11 a 14 anos. As meninas eram aliciadas em colégios públicos de Curitiba por Luciana. Os pedófilos eram surpreendidos pelos policiais, com a ajuda de Luciana, e ameaçados de prisão caso não pagassem propina. A quadrilha recebia entre R$ 5 mil e R$ 35 mil em cada golpe.

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