Carga de maconha apreendida em Curitiba

Apontado como o principal traficante de maconha de Curitiba e conhecido por ?esparramar? a erva a dezenas de traficantes menores, Paulo Cézar de Oliveira, 34 anos, o ?Paulinho Paiakan?, foi preso por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

Ele foi detido ontem, em um barracão na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto do Terminal do Carmo, quando se preparava para descarregar um caminhão com quase uma tonelada da droga. Outros nove integrantes do bando também foram detidos.

De acordo com o delegado Renato Bastos Figueiroa, ?Paulinho? era investigado há quatro meses. A polícia sabia que ele era um traficante influente na cidade e no litoral do Estado, mas não conseguia apanhá-lo em flagrante.

Na noite de quarta-feira, os policiais receberam a informação que um caminhão, de São Miguel do Iguaçu, havia saído de Foz do Iguaçu, carregado de maconha, e chegado em Curitiba a pedido de ?Paulinho?.

Campana

Os policiais passaram a madrugada em busca do caminhão, mas não o encontraram. Os investigadores, então, monitoraram a frente ao prédio onde ?Paulinho? mora, no Água Verde, e o seguiram assim que ele saiu de casa, às 6h da manhã.

Acompanhado de Leandro Martins Daminelli, 19 anos, e Adriano Bruno Rocha, da mesma idade, ?Paulinho? foi com seu carro Mercedes-Benz até o barracão na Vila Hauer, onde estava o caminhão. ?O trio iria levar o veículo com o carregamento para outro lugar, onde retiraria a droga?, contou o delegado.

Os três foram apanhados em flagrante, assim como o proprietário do barracão, Antônio Péricles Frei, 48, e o filho dele Andrison Figueiredo Frei, 19. No início da tarde, outros cinco suspeitos de integrar a quadrilha foram presos, no bairro Cajuru.

Estavam na casa Geraldo Rodrigues Santos, 40, Robson Moacir Rocha, 26, Jailson Rodrigues Santos, 28, José Roberto Ferreira, 39, e José Claudemir Camargo, da mesma idade. Os três últimos moram em Foz do Iguaçu e são apontados como os organizadores do transporte da droga até Curitiba.

Fiscalização enganada

A maconha estava escondida sob uma carga de embalagens vazias de agrotóxicos e óleos de carro. As embalagens de produtos tóxicos dificultavam a fiscalização, tanto que o caminhão passou por pelo menos dez postos da Polícia Rodoviária Estadual e Federal sem ser vistoriado.

?Paulinho? tem extensa ficha criminal, em que constam vários roubos. Na delegacia, ele negou que a droga fosse sua. ?Nós ainda vamos pesar a maconha, mas há pelo menos 800 quilos da erva. Foi um trabalho muito bom, pois ele abastecia praticamente toda a cidade, vendendo a droga em grandes quantidades?, finalizou o delegado Renato Figueiroa.

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