Capturado ex-policial acusado de homicídio

O ex-policial militar Azemir João de Barros, 35 anos, foi preso na tarde de ontem em um bar, em Antonina, por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco) da Promotoria de Investigação Criminal (PIC). Ele foi denunciado na sexta-feira pelo Ministério Público por homicídio, junto com o comerciante Antônio Carlos Marcondes, o “Tonhão”, 31 anos, o pedreiro Patrício dos Santos Silva, mais conhecido como “Paraíba”, e o motorista da Prefeitura de Almirante Tamandaré Antônio Martins Vidal, vulgo “Tico Pompílio”, 50. O pedreiro Patrício também foi preso na manhã de ontem, em sua casa, na Rua 9, n.º 2657, Jardim Tatiane, em Almirante Tamandaré.

O promotor Paulo Sérgio Lima, da PIC, informou que junto com a denúncia foi solicitada à Justiça a prisão dos acusados. Antônio Martins Vidal já se encontra recolhido na Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, apontado como autor de sete homicídios de homens e mulheres em Almirante Tamandaré. Ele teve a sua prisão solicitada à Justiça pela delegada Vanessa Alice, que investigou a morte de 21 mulheres e diversos homens naquela região. Segundo o promotor, só está foragido Antônio Carlos Marcondes, que também tem mandado de prisão decretada.

Denúncia

De acordo com a denúncia, por volta das 20h do dia 13 de maio de 2000, Azemir e Antônio Carlos estavam em uma mercearia localizada na Rua José Real Prado, no bairro Campo Verde, em Almirante Tamandaré, onde planejaram a morte de um rapaz conhecido como Alex. Também participou da reunião o cunhado de Azemir, Davi Mendes Ignácio (que foi assassinado dias depois).

O promotor Paulo Sérgio de Lima disse que o motivo do crime seria vingança. Alex teria furtado a casa de Davi e o comércio de Antônio Carlos. Ele relatou que Azemir telefonou para Antônio Martins Vidal, que por sua vez, contratou Patrício, que seria “matador de aluguel” para executar a vítima. Patrício é foragido do Nordeste, onde também possui mandado de prisão por homicídio.

No dia 13 de maio do mesmo ano, os denunciados estavam reunidos quando passou pelo local o estudante Rodrigo da Rosa Santos, usando um gorro preto. O jovem foi confundido pelos matadores como sendo Alex e executado.

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