Capturada dupla de skinheads na capital

Dois indivíduos suspeitos de liderarem um grupo de ?skinheads? (carecas) foram presos, na manhã de ontem, acusados de participação em duas tentativas de homicídio ocorridas no centro de Curitiba, nos últimos meses. Maurício Caetano da Silva, o ?Véio?, 34 anos, e Jackson dos Santos Arruda, o ?Feijão?, 18, tinham mandados de prisões expedidos pela Justiça. Antes deles, Edegar Crevelin, também apontado como membro do grupo, já havia sido preso em flagrante.

O superintendente Adolfo Rosevics Filho, do 1.º Distrito Policial, informou que os três irão responder por tentativa de homicídio e formação de quadrilha. De acordo com o policial, os suspeitos, juntamente com outros adolescentes do bando, teriam esfaqueado Karina Letnar, 26, em dezembro do ano passado, e Ricardo Frederico Ogassawa Valença, 21, no início de fevereiro. As duas vítimas seriam integrantes do movimento punk, rival dos skinheads. ?Existe essa diferença entre eles, mas os skinheads normalmente são mais agressivos. Eles andam em grupos numerosos e brigam com pessoas perseguidas pelos ideais nazistas, como os negros e homossexuais?, explicou Adolfo.

Negativas

Os dois esfaqueados ficaram internados no Hospital Evangélico por algumas semanas e receberam alta. ?Concluímos o inquérito e pedimos a prisão dos acusados. A Justiça, entendendo que são indivíduos perigosos, a decretou?, afirmou o superintendente.

Na delegacia, Maurício e Jackson negaram as acusações e alegaram que não são skinheads, nem cultuam o nazismo, apesar de rasparem a cabeça e possuírem diversas tatuagens que lembram o movimento nazista. Uma das tatuagens de Maurício, considerado o líder do grupo, é o número 88. De acordo com o superintendente, é uma menção à oitava letra do alfabeto, que formaria as iniciais de ?Hail Hitler?, famosa saudação nazista usada para saudar Adolf Hitler e que consistia em levantar o braço direito. ?Ironicamente, eles foram presos por uma pessoa chamada Adolfo?, lembrou o superintendente.

Voltar ao topo