Um caminhão sem freio na ladeira de uma via rápida de Curitiba causou um grave acidente envolvendo outros quatro carros. Dois adultos e quatro crianças, dentre elas um bebê de apenas seis dias, saíram feridos.
O condutor do Mercedes Benz, carregado de refrigerantes, percebeu que houve um problema mecânico no freio quando começou a descer a Rua Campos Sales, logo após a curva que fica na esquina com a Rua Bom Jesus, no Juvevê, pouco antes das 10h30 de ontem.
Nelson Acir da Cruz, 50 anos, alegou que fez o possível para controlar o caminhão. “Tentei frear de todas as formas, mas o caminhão continuou pegando velocidade”, desabafa.
No sinaleiro que fica na esquina com a Rua Manoel Eufrásio, o Uno com placa de Curitiba AQJ-6847 já estava parado. Atrás dele, o Fiesta com placa de Curitiba AKJ-7773 reduzia a velocidade para parar.
Na fila ainda se aproximava o Astra com placa de Curitiba DXG-0185. O caminhão atingiu a traseira do Astra e um engavetamento gerou danos em todos os carros da fila, até o Uno. O Palio com placa de Curitiba AOZ-6579, que estava na pista da direita, ainda foi atingido por estilhaços.
Testemunhas garantem que o banco do Uno chegou a quebrar, e o carro só parou porque encostou no meio fio. O condutor do Uno teve ferimentos na cabeça, mas foi liberado no local por uma equipe do Siate.
O mesmo aconteceu com o condutor do Fiesta, Almir Krocheski Júnior, 36. “A minha sorte é que, instantes antes, deixei meus filhos na catequese”, conta. No Astra, todos se feriram. O condutor Joelson Carvalho Santos, 22, estava acompanhado da esposa Angélica Kachorroski Costa, 25, que carregava no colo a filha do casal de apenas seis dias.
No banco de trás, na cadeirinha, estava outro filho de três anos e, ao lado dele, a irmãzinha de cinco anos e um primo de oito. Joelson buscou os pequenos, que dormiram na casa da avó, e levava todos para sua casa, no Campo Comprido.
As vítimas foram socorridas por equipes do Siate e do Samu, e foram encaminhadas em duas ambulâncias ao Hospital Evangélico. De acordo com a equipe médica de plantão, nenhuma das pessoas atendidas teve ferimentos graves, mas, pela idade das crianças, o quadro clínico precisava de acompanhamento.