Bandidos fazem duas famílias de refém

Onze pessoas de duas famílias ficaram reféns de dois homens, na noite da última sexta-feira, por mais de uma hora. Os bandidos invadiram um sobrado na Rua Orestes Codega, no Pinheirinho, em Curitiba, e depois de não encontrar dinheiro, levaram um celular e fugiram a pé.

Crianças chorando, mulheres desmaiando e muita agitação na rua, cercada por policiais. Ao todo, nove viaturas fecharam a quadra e vasculharam a região em busca dos assaltantes, mas nada foi encontrado.

Segundo a dona da casa  Zenita Atanasio, 56 anos, no sobrado moram duas famílias, e na noite de sexta-feira, estavam reunidos na parte de cima da residência conversando, e as crianças, no quarto jogando videogame. ?Só vi quando eles entraram e, dizendo que era um assalto, mandaram a gente deitar no chão?, contou Zenita. Ela disse que os marginais vasculharam toda a casa, reviraram as bolsas e mexeram até na geladeira. ?A gente não deixa dinheiro em casa, mas eles queriam a todo custo, reviraram a casa por todo o lado?, contou. Segundo ela, eles estavam armados e por duas vezes engatilharam uma pistola. ?As crianças estava rezando e foi isso que fez com que eles fossem embora?, disse a mulher.

De acordo com os soldados Paecheki e Maia, do 13.º Batalhão de Polícia Militar, quando receberam a ocorrência pelo rádio, estavam a algumas quadras da residência. ?Não sabemos quem acionou a polícia, mas chegamos em seguida, entramos na casa, vistoriamos todos os cômodos e os marginais não foram encontrados?, disse Paecheki. ?Quando chegamos em frente à residência, as pessoas ainda estavam muito nervosas. Um adolescente da família saiu com uma faca na mão?, completou o soldado. Segundo ele, reagir nunca é a opção correta em casos como este.

As vítimas disseram à polícia que os dois homens eram morenos, com idade entre 18 e 22 anos e estavam agitados, possivelmente sob o efeito de entorpecentes.

Alguns minutos antes, uma sorveteria havia sido assaltada nas proximidades da residência. ?Não descartamos a possibilidade de serem os mesmo indivíduos. Vamos ouvir as vítimas dos dois crimes para chegar aos assaltantes?, finalizou o policial.

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