Bairro Alto vira ?caixa-forte?

Investigação para identificar e prender pessoas que trabalham para levantar ?fundos? para presidiários e envolvidos com tráfico de drogas e assaltos, resultou na prisão  de quatro pessoas e na apreensão de 375 pedras de crack, no Bairro Alto. A operação para cumprir mandados de busca  e apreensão foi desencadeada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), às 6h de ontem e durou quatro horas.

Andréa Bernarda da Conceição, 35 anos, foi autuada em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado Renato Figueiroa. Celso Lopes de Oliveira, 23, o ?Fiel?, que é foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara, foi recapturado. Marco Aurélio Cabral, 35 anos, e Júlio Florêncio Machado Souza, o ?Julinho?, 27, que são presidiários e deveriam retornar ontem para a Colônia, ganharam uma ?carona? de volta.

O delegado Miguel Stadler, titular do Cope, informou que havia informações de que presidiários estavam angariando pessoas no Bairro Alto, para levantar fundos para eles através do tráfico de drogas e assaltos. No cumprimento de um mandado de busca e apreensão para 13 casas situadas no mesmo terreno, na Rua Pedro Eloi de Souza, os policiais encontraram um saco plástico com 375 pedras de crack, em uma das residências, onde morava uma mulher de 80 anos. ?Diante da possibilidade de ser presa por tráfico de drogas, ela contou que o crack pertencia à sua filha Andréa?, contou Renato. Minutos depois, os policiais encontraram Andréa, que confirmou que a droga era sua. ?Investigamos quem era o patrão dela, que suspeitamos ser um presidiário?, contou o delegado.

Foragidos

Celso foi detido em sua casa na Rua Alberico Flores Bueno. Ele escapou da Colônia Penal Agrícola em 4 de fevereiro deste ano, onde cumpria pena por furto, associação ao tráfico de drogas e receptação. Na mesma moradia estavam Júlio, condenado a cinco anos e seis meses por roubo e tráfico de drogas, que deveria ter voltado ontem para a CPA. Marcos é condenado a 14 anos de reclusão por homicídio e roubo. O rapaz também saiu da Colônia por portaria e prazo para ele retornar seria na segunda-feira.

A polícia não informou se há provas da ligação dos detidos com o esquema de repasse de ?verbas? para presidiários.

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