Autor de fuzilaria em Colombo é preso em SC

Um homem reconhecido por seis roubos de carro e apontado como um dos autores dos disparos que mataram um garoto de 11 anos e outro de 17 na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, foi preso em Criciúma (SC) no dia em que completa 22 anos, por uma equipe da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Juan Bruno França Felipe havia sido preso por receptação em Curitiba há três meses. No dia 1° de setembro, pouco tempo depois de ter sido solto, ele participou da fuzilaria que deixou dois mortos e três feridos em Colombo.

Juan fugiu para a casa do tio, no estado vizinho, onde foi flagrado pela polícia trafegando com um carro roubado em Curitiba e portando uma arma de fogo. Ele foi preso por receptação e porte ilegal de arma de fogo, e novamente foi solto.

A equipe da DFRV soube da nova prisão do suspeito e pediu à Justiça paranaense um mandado de prisão preventiva contra ele, que foi concedido e cumprido. O rapaz foi reconhecido pelo dono de um Honda Civic roubado no Bairro Alto em 7 de setembro, de um Gol roubado no Tingui em 10 de agosto, de outro gol roubado no Santa Cândida em 18 de junho, de um Tiida levado do Boa Vista em 28 de julho e de uma Ecosport roubada no Orleans em 11 de agosto.

Ele ainda foi reconhecido nas imagens do circuito interno de segurança de uma empresa que mostram o momento em que uma Frontier é levada no Alto da XV, em 22 de julho. A polícia acredita que ainda mais roubos tenham sido cometidos pelo suspeito.

Fuga
De acordo com o delegado Marco Antônio de Góes, titular da DFRV, Juan preparava-se para fugir para o exterior. “Por isso foi importante o fato de que agimos rápido”, ressalta.

O preso garante que pode provar que estava na estrada, seguindo para Santa Catarina, quando aconteceu a fuzilaria em Colombo. Ele também declarou que estava preso pela receptação quando todos os roubos de carro imputados a ele foram cometidos. A polícia nega.

Com relação à viagem para Portugal, Juan informou à imprensa que realmente tinha interesse em sair do país, mas não para fugir. “Eu já planejava vir para Curitiba para entender do que estavam me acusando. Depois eu queria ir para Portugal, onde vive minha madrinha, para trabalhar, porque eu sei que se ficar aqui, assim que for solto, vou voltar a cometer crimes”, afirma.