Na esquina das ruas Cidade de Videira e Cidade de Tubarão, no Santa Helena, Cidade Industrial de Curitiba, disparos tiraram a vida de Orico Guilherme Martins, 31 anos, morador na região. O crime ocorreu em plena luz do dia, por volta das 10h, porém não foram encontradas testemunhas para relatar como o homicídio aconteceu. Um detalhe chamou a atenção dos investigadores. A vítima carregava consigo documentos que estavam guardados em um envelope plástico da Polícia Civil (PC). Além disso, na capanga de Orico havia um adesivo da PC e uma carteirinha plástica – com o escrito "Departamento da Polícia Civil". Pelos primeiros levantamentos, a vítima não trabalha na polícia – para carregar consigo tal documentação – e também não exerce nenhuma função no Departamento Penitenciário (Depen), conforme foi comentado no local. "Temos que averiguar o motivo pelo qual a vítima carregava esses documentos", afirmou o investigador Tiquinho.
Silêncio
Conforme o Cabo César, da PM, no local do crime ninguém soube informar como o homicídio aconteceu, nem o motivo, prevalecendo a "lei do silêncio". Os moradores não se envolvem, repassando informações, com medo de futuras retaliações, mas isso atrapalha as investigações. À polícia não foi dito sequer o número de pessoas que teriam participado da execução e se fugiram a pé ou utilizando veículo. A vítima morreu com três tiros na cabeça, segundo avaliação preliminar dos socorristas do Siate.
O pai da vítima (Sebastião) entrou em desespero ao ver o corpo do filho estirado no meio da rua. Em meio ao choro, contou que Orico estava desempregado e não tinha envolvimento com drogas e tampouco antecedentes criminais. "Ele era um rapaz calmo e não tinha inimizades na região. Não tenho idéia do porquê fizeram isso com meu filho", disse. Foi comentado que uma dívida de R$ 50,00 contraída junto a um outro homem, poderia ser um dos motivos para a execução. No entanto, Sebastião não acredita nessa possibilidade.