Armas de policiais podem esclarecer crime em bar

A Delegacia de Homicídios solicitou as pistolas dos três policiais militares baleados na madrugada de domingo, no tiroteio em frente ao Bali Bar, no centro de Curitiba (um deles morreu).

As armas serão submetidas a exames de balística, que irão indicar quem atirou em quem. Os indícios são de que os disparos foram efetuados pelos próprios policiais.

Na confusão, morreu o soldado Alexandre Magnus Leal da Silva, 29 anos, lotado no 12.º Batalhão, e ficaram feridos Carlos Roberto da Silva, do 20.º BPM, e Ílio Teixeira, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Os três estavam de folga naquela madrugada e provavelmente faziam “bico” de segurança no bar.

De acordo com o delegado Hamilton da Paz, da Delegacia de Homicídios, várias testemunhas foram ouvidas. “Contaram que viram dois indivíduos abordarem uma pessoa, que portava um revólver calibre 38. Essa pessoa conseguiu correr, rasgou a camisa de um dos que o abordava, e fugiu. Nesse momento, surgiu outro rapaz, do outro lado da rua, com uma pistola na mão, e iniciou a troca de tiros”, relatou o delegado.

Ao final do tiroteio, Alexandre tombou morto em frente ao bar. Carlos levou um tiro na mão e Ílio foi atingido no pé. O delegado Rodrigo Brown, responsável pelo inquérito, solicitou à Polícia Militar as armas dos policiais, porém não obteve resposta.

“Precisamos do exame balístico para comparar com os projéteis extraídos do corpo de Alexandre e dos dois feridos para apurar se os tiros foram disparados pelos próprios policiais ou se havia mais alguém armado de pistola no local”, concluiu Hamilton.