Alexandro Leandro, 22 anos, apresentou-se ontem à delegacia de Pinhais e assumiu ter sido autor dos tiros que mataram o pai e feriram o irmão sábado à noite, no Jardim Elisa. Ele alegou que os disparos que atingiram o pai Alamir Leandro, 42 anos, foram acidentais, mas o tiro no irmão, Alamir Leandro Júnior, 18, foi proposital e tinha a intenção de defesa. O autor foi indiciado em inquérito policial por homicídio e tentativa de homicídio.
Segundo o delegado Jorge Luiz Wolker, o fato de Alexandro ter socorrido o pai e o irmão depois de feri-los conta a seu favor. “O rapaz não é bandido e não tinha passagem pela polícia. Foi um instante de loucura”, acredita.
Versão
De acordo com o depoimento dado pelo autor ao escrivão Paulo César, a tragédia familiar teve início dentro da residência, na Rua Clecêncio Batista. A amásia de Alexandro e a amásia de seu irmão Júnior começaram a discutir e Alexandro resolveu interferir. Nesse instante ele teria recebido um tapa no rosto e partiu para cima da agressora. Júnior saiu em defesa da amásia e foi criado o tumulto. O pai dos jovens, Alamir, ao invés de contornar a situação, também deu um empurrão em Alexandro que juntamente com sua amásia, tentou ir embora da casa, entrando em seu carro, uma Parati. Segundo o autor, o pai dele saiu da casa foi até a Parati e o retirou do carro dando seqüência a briga.
Alamir que estava com uma arma na cintura tentou puxá-la no meio da confusão. Pai e filho ficaram medindo forças e a arma ora apontava para o lado de Alexandro ora para o Alamir. De repente dois disparos ocorreram e acertaram Alamir que caiu ferido. Vendo a cena, Júnior correu para agredir seu irmão e defender o pai, mas também foi alvejado.
De acordo com o autor dos disparos, os tiros no pai foram acidentais e aconteceram em decorrência da briga. Apenas o tiro no irmão foi proposital, porque ele precisava se defender, pois Júnior seria bem mais forte fisicamente.
Socorro
Após efetuar os tiros, Alexandro jogou a arma fora entrou em sua Parati e partiu com sua amásia. Mas logo em seguida retornou à casa para prestar socorro aos seus familiares. Ele pegou o Santana do pai e com a ajuda de vizinhos colocou os dois baleados dentro do carro e os levou para o Pronto Socorro do Alto Maracanã.
Depois fugiu e se apresentou na noite de segunda-feira ao delegado de Pinhais.