A Polícia Federal apreendeu 3,5 milhões de maços de cigarro, na noite de quinta-feira, em Maringá. A mercadoria estava escondida em 700 caixas sob a lona de dois caminhões que vinham de Foz do Iguaçu. Os cigarros, contrabandeados do Paraguai, seriam vendidos em Maringá e Londrina. Um dos motoristas, José Avelino de Souza, 44, foi preso e vai responder por crime de contrabando, cuja pena varia entre um e quatro anos de reclusão. Já o outro caminhão foi encontrado abandonado em uma avenida da cidade. A carga apreendida foi levada para o depósito da Receita Federal. Essa é a maior apreensão de cigarros já registrada em Maringá.
Segundo o promotor de justiça Maurício Kalache, o motorista preso revelou que, antes de ser detido pela Polícia Federal, ele e o motorista do outro caminhão haviam sido abordados por dois policiais civis da 9.ª Subdivisão da Polícia Civil de Maringá, que só os liberaram mediante pagamento de propina. Kalache informou ainda que o caso foi levado ao juiz de plantão da 6.ª Vara Cível, Belchior Soares da Silva, que devido à gravidade do caso, decretou a prisão preventiva dos dois investigadores.
Os dois caminhões já haviam levado a suspeita por parte da Polícia Federal, que passou a investigar a ação dos motoristas. E, durante a investigação, os policiais federais teriam visto a abordagem dos investigadores da Polícia Civil aos caminhoneiros, que foram levados à 9.ª Subdivisão e, em seguida, liberados, o que confirma a acusação de José Avelino.
A Polícia Federal ainda não se pronunciou sobre o envolvimento de policiais civis no caso. Através do delegado Marcolino Aparecido da Costa, a Polícia Civil divulgou que "um delegado especial foi designado para investigar o assunto".