Agudos do Sul teme pelos órgãos públicos

A Prefeitura de Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, está preocupada com os constantes assaltos a prédios de secretarias e órgãos públicos na cidade. Segundo os gestores, as ações vêm se intensificando desde o ano passado e os equipamentos roubados demoram a ser recuperados, atrapalhando o trabalho dos funcionários e causando um rombo aos cofres do município. População e servidores reivindicam reforço no policiamento para amenizar o problema.

Agudos do Sul tem menos de dez mil habitantes e fica a 68 quilômetros da capital. A secretária municipal de Educação, Luciana Pires, conta que os assaltos são uma constante – e a área educacional, pela qual é responsável, é a mais afetada. ?Entraram no departamento de Educação no ano passado e levaram máquina de fotocópias, três computadores, impressora e aparelhos de telefone?, lembra. Depois, foi a vez do departamento de Assistência Social da prefeitura. ?Levaram computadores, fax, telefones?, conta. No mesmo dia, a secretaria da Casa Paroquial da cidade também foi assaltada. Todos os equipamentos eletrônicos, como computadores, foram roubados.

As escolas também são alvos dos ladrões. Na Cecília Meirelles, o aparelho da antena parabólica já foi roubado duas vezes – ano retrasado, outro assalto já havia dado cabo do aparelho de fax e do telefone. O centro de educação infantil da cidade tampouco foi poupado. Dessa vez, o vídeocassete e a TV foram os alvos. ?Além de roubar, eles também fazem vandalismo. Se pegassem a merenda para matar a fome, tudo bem, mas não é isso o que acontece. Quase toda vez que assaltam as escolas jogam a comida que encontram no chão e quebram tudo o que vêem pela frente.?

Na semana passada, o Centro Educacional à Distância da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no município foi assaltado. Os equipamentos utilizados para transmitir as aulas foram todos levados, somando um prejuízo de R$ 20 mil. ?Leva muito tempo para a gente recuperar os aparelhos, até pela burocracia do serviço público, que envolve licitações e prazos alongados. A máquina de fotocópia levada do departamento de educação, por exemplo, até hoje não conseguimos repor?, afirma. O equipamento, roubado há nove meses, custa cerca de R$ 6 mil, segundo a secretária.

Para Luciana Pires, falta policiamento para coibir os assaltos. ?Tem dois policiais e uma viatura para a cidade inteira. O efetivo teria de ser maior para que circulassem mais e evitassem crimes como estes?, critica. Mas o comandante Daniel Berno, da Primeira Companhia Independente, que cuida de nove municípios da região (entre eles Agudos do Sul), acredita que, até o momento, o efetivo tem se mostrado suficiente para atender à demanda. ?Para nós, Agudos está dentro na normalidade dos outros municípios. Região é extensa, mas também contamos em certas ocasiões com reforços, atuando em operações para coibir ações provenientes de arruaças?, afirma. Segundo Berno, por conta das solicitações da prefeitura por mais policiamento, há estudos para novas contratações de policiais militares para o município. ?Mas é um processo que pode levar tempo. Por isso, temos de achar mecanismos não só da polícia, mas da prefeitura, com guardas ou sistema de alarme, e da comunidade, com denúncias, para coibir em parceria este tipo de ação?. 

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