Acerto de contas?

Agente penitenciário é executado no Ahú

Um agente penitenciário levou dois tiros na cabeça e teve o carro levado pelo assassino no final da manhã de hoje (08), no bairro Ahú, em Curitiba. Apesar do roubo, a polícia acredita que o crime tenha sido encomendado por vingança.

Jefferson Tadeu dos Santos Andrade, 50 anos, estacionou seu Golf prata em frente a uma obra na Rua Gabriela Mistral, na esquina com a Rua Guaratuba, pouco antes do meio dia.

Ele foi visto descendo do veículo e descendo a rua. Menos de dez minutos depois, retornou e tomava um lanche dentro do carro quando o assassino se aproximou. Os funcionários da obra viram quando o atirador subiu a rua correndo, e no caminho vestiu uma máscara preta.

Ele carregou a arma, atravessou a rua, abriu a porta do carro de Jefferson, o puxou para fora do Golf e ordenou que ele deitasse atrás do veículo, ao lado de uma caçamba.

Jefferson deitou, mas tentou erguer o tronco para sentar e foi atingido por dois tiros na cabeça. O atirador entrou no carro da vítima e fugiu na direção da Rua Alberto Folloni.

No mesmo momento, um veículo saiu de uma rua paralela, entrou na Gabriela Mistral e seguiu na direção contrária. Provavelmente era o carro que trouxe o assassino até o local do crime, onde seus comparsas ficaram para dar cobertura à ação criminosa.

Os funcionários da obra e moradores da região atenderam Jefferson e chamaram a Polícia. Uma viatura do Siate com apoio médico encaminhou a vítima inconsciente, em estado grave, ao Hospital Cajuru, onde já chegou morto.

Duas cápsulas da pistola, calibre 32, ficaram caídas junto ao sangue da vítima e próximo ao lanche que ele tomava. Colegas de trabalho de Jefferson estiveram no local do crime. Eles acreditam que o assassino seja conhecido da vítima, e que tenha usado a máscara para não ser identificado.

Jefferson morava no Água Verde e estava lotado no Centro de Observação e Triagem (COT), que fica nas proximidades de onde ocorreu o crime. Entretanto, ninguém soube explicar o que ele fazia naquele endereço, já que nunca foi visto nas redondezas pelos moradores da região.