Adolescente traficante confessa homicídio

A polícia deteve o adolescente, de 17 anos, acusado de ter dado o tiro que matou a estudante Ketelim Silveira Wetkozski, 16, no dia 2 de julho, em uma suposta brincadeira de roleta-russa. Ele confessou ter atirado na garota, mas disse que foi um acidente. A tragédia aconteceu por volta das 22h15, no interior da residência de uma amiga dos dois, na Rua Toledo, Jardim Urano, em São José dos Pinhais.

Hoje, deverá ser feita a reconstituição do crime, já que o projétil que atingiu a cabeça de Ketelim não foi encontrado e o local foi lavado, antes que a polícia fizesse o levantamento necessário. A vítima tinha sido levada ao Hospital Cajuru, mas não resistiu ao ferimento. Segundo o adolescente, ele brincava de roleta-russa, apontando a arma para Ketelim, que se esquivava. A arma disparou e, quando ele viu a massa encefálica da garota no chão, se desesperou e fugiu, de acordo com sua versão.

Amiga

O tiro foi dado no corredor da casa de Kelly Liliane de Souza, 22, amiga dos dois. Ainda conforme relatado pelo acusado, que disse viver da venda de drogas, ele já estava na casa, bebendo e ingerindo drogas, quando Ketelim chegou. Em seguida, ele começou a brincadeira. Haveria outra pessoa na casa, que ainda não foi identificada.

Kelly já foi intimada duas vezes, mas não se apresentou à polícia, que poderá arrombar a casa onde ocorreu o crime para fazer a reconstituição. Ela está sujeita a ter decretada sua prisão temporária, por corrupção de menores e alteração do local do crime. Após o tiro, a vítima foi atendida pelo Siate e Kelly trancou a casa e sumiu, só aparecendo no dia seguinte.

Detenção

Os policiais da delegacia da cidade ficaram no encalço do adolescente. Ele foi encontrado às 6h30 de ontem, na casa de sua avó, na Vila Trindade. Ele contou que comprou um revólver calibre 38, nessa vila, por R$ 300,00. O adolescente também contou que já matou outro rapaz, em 2002, em uma briga no Jardim Ipê, na mesma cidade.

Os pais de Ketelim informaram à polícia que a filha era dependente química e fazia tratamento para se livrar do vício. Eles evitavam ao máximo que ela freqüentasse a casa da amiga Kelly, a qual eles tinha certeza que influenciava a adolescente a consumir entorpecentes. O local foi apontado por outras pessoas como ponto para o tráfico de drogas.

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