Presos por suspeita de participar da suposta trama para tentar inocentar Juarez Ferreira Pinto, condenado a 65 anos de reclusão pelo crime do Morro do Boi, o delegado José Tadeu Inocêncio Bello e Marcelo de Mello Coradin, foram soltos na tarde de ontem. Eles tiveram habeas corpus concedido no Tribunal de Justiça.
O investigador aposentado Altair Ferreira, o “Taíco” (irmão de Juarez) e o policial militar Renato Pereira da Silva, não tiveram o pedido de habeas corpus acatado e permanecem presos. Também são investigados os policiais militares Paulo Roberto da Graça, Rodrigo Alves Barbosa, Edmildo da Silva Mesquita e Edson Pereira.
Adiado
O julgamento do recurso de Juarez, que estava marcado para ontem, foi adiado para quinta-feira da semana que vem, a pedido dos advogados de defesa, que tinham outra audiência no mesmo horário.
O réu foi condenado, em fevereiro do ano passado por latrocínio (roubo com morte) de Osíris Del Corso e por roubo qualificado, lesão corporal grave e atentado violento ao pudor contra Monik Pergorari Lima. De acordo com a defesa, esta é a primeira vez que o mérito será julgado em segunda instância.
Trama
Meses depois, surgiu outro suspeito, Paulo Delci Unfried. Na prisão, ele confessou ter sido o autor do crime do Morro do Boi. No entanto, voltou atrás e alegou ter sido forçado a confessar.
Há dois meses, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba, com o apoio da Corregedoria da Policia Civil, prendeu oito suspeitos de forjar uma trama para liberar Juarez e condenar Paulo.