Acusado de matar mecânico vai a julgamento hoje

Acusado de participar do assassinato que horrorizou os moradores de Araucária, Fabiano José Gonçalves Coiado, 25 anos, será levado a julgamento, hoje, no Fórum do município.

Marcada para as 9h, a sessão será presidida pela juíza Maria Cristina Franco Chaves. Na acusação estará a promotora Leidi Mara Wzorek de Santana e, na defesa, Maurício Zampieri de Freitas, nomeado dativo.

Junto com três indivíduos, Fabiano é acusado de matar e amputar as pernas do mecânico industrial Aldoíno de Lima, 29, em 31 de julho de 2006, por causa de desavença no pagamento da reforma de um Voyage.

O crime aconteceu na oficina de Antônio Fernando Pietro Duarte, 29, que está foragido. O autor dos dois tiros na cabeça de “Aldo”, como a vítima era conhecida, foi um menor que, duas semanas depois, foi morto em troca de tiros com policiais militares. Também Derek Felipe Vaz, 23, que trabalhava na oficina, responde pelo homicídio.

Denúncia

“Aldo” havia mandado fazer a lataria do Voyage na oficina de Antônio. O serviço levou dois meses para ficar pronto e o dono do estabelecimento quis cobrar mais que o combinado.

Como a vítima se recusava a pagar, ele manteve o carro retido. “Aldo” pegou o dinheiro de um acerto no trabalho e foi recuperar o automóvel. Sabendo disso, Antônio convocou dois funcionário e o menor, para ficarem juntos, já que ambos tinham brigado e trocado ameaças várias vezes.

Quando o carro era retirado da oficina, o menor rendeu “Aldo”, levando-o até uma lavanderia onde o executou com dois tiros. Depois, ordenou aos demais que serrassem as pernas da vítima para que o corpo pudesse ser colocado em sacos plásticos e levado em um carrinho de mão até um banhado, no Jardim Planalto, em Araucária. Três dias depois eles retornaram ao local, para enterrar a vítima.

Prisão

Carta anônima enviada à delegacia denunciou os envolvidos, que foram presos posteriormente. O dono da oficina conseguiu livramento condicional e desapareceu. Dereck recorreu à Justiça e conseguiu liberdade provisória. Apenas Fabiano está preso na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), na Cidade Industrial.

Seu defensor, Maurício Zampieri de Freitas, tentará convencer os jurados de que Fabiano foi obrigado a colaborar com os criminosos e que sua participação se limitou a buscar o carrinho de mão na casa dos pais de Antônio e depois transportar as pernas da vítima até o banhado. A promotoria, no entanto, assegura que ele ficou com o telefone celular do morto e que o grupo agiu premeditadamente.