Violenta operação militar israelense termina na véspera de Natal

Uma grande operação militar israelense em Rafah na Faixa de Gaza, que deixou mais de 9 mortos e 40 feridos, teve fim nessa madrugada. A operação enfrentou forte resistência dos palestinos e tinha como objetivo localizar e destruir túneis supostamente construídos para possibilitar o contrabando de armas do Egito para a Faixa de Gaza. Entre os feridos, 11 são crianças, das quais 8 se encontram em estado grave.

O exército israelense dinamitou vários túneis, que unem casas dos dois lados da fronteira de Rafah e que são utilizados pelos movimentos palestinos para introduzir no seu território todo o tipo de objetos bélicos e explosivos. Segundo o tenente coronel Miki Zohar, que dirigiu as operações, os grupos terroristas palestinos opuseram uma enorme resistência, disparando contra as suas tropas, lançando todo o tipo de artefatos explosivos e usando lança-granadas para tentar impedir a destruição de garrafas de oxigênio usadas nos túneis. As forças israelenses utilizaram 20 tanques, 2 helicópteros apache, carros blindados e escavadoras no ataque ao campo de refugiados de Rafah.

O ministro do exterior palestino, Nabil Shaat, acusou o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, de cometer um novo crime.”Não entendo como Sharon ordena operações deste tipo, enquanto fala de paz e da implementação do Mapa do Caminho”, afirma.

Resistência natalina

A cidade de Belém, apesar da violenta intifada que já dura 3 anos, enviou uma mensagem de paz ao mundo, celebrando o Natal 2003.

Monsenhor Michel Sabbag, representante do papa João Paulo II na Terra Santa, celebrará hoje à noite a missa do galo na igreja franciscana de Santa Catarina ao lado da Basílica da Natividade. Ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, que se encontra cercado em Ramallah, uma vez mais não lhe foi concedida autorização para assistir as cerimônias religiosas desta noite de Belém.

Voltar ao topo