Vigilância sanitária suspende venda de caldo de cana em Santa Catarina

A vigilância sanitária de Santa Catarina proibiu a venda de caldo de cana no
estado, onde três pessoas morreram e outras 16 foram internadas contaminadas
pela doença de Chagas.De acordo com a vigilância epidemiológica do estado, a
causa mais provável é que o caldo de cana, vendido em quiosques na região
nordeste do estado, esteja infectado com o protozoário Trypanosoma cruzi,
transmissor da doença.

O surto da Doença de Chagas começou no início de
março, de acordo com a Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Apesar da doença
ser normalmente transmitida pela picada do inseto, conhecido como barbeiro, a
suspeita é de que a infecção tenha ocorrido pela ingestão de caldo de cana
contaminado.

Segundo o diretor estadual da vigilância epidemiológica,
Luiz Antônio Silva, a bebida deve ter sido contaminada com as fezes do animal,
ou então o próprio inseto foi moído junto com a cana. Ele orienta que todas as
pessoas que beberam caldo de cana a partir do dia 1º de fevereiro deste ano nos
municípios de Itapema, Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Navegantes, Penha,
Piçarras, Barra Velha, Araquari, Garuva, Balneário Barra do Sul, São Francisco
do Sul, Itapuá e Joinville procurem os postos de saúde para fazer exames de
sangue. "Todas as pessoas que porventura estiveram nesses municípios e ingeriram
caldo de cana, se positivo, também serão devidamente tratadas".

A doença
causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi só se propaga de pessoa para pessoa
pela transfusão de sangue ou de mãe para filho durante a gravidez. Os sintomas
são febre, mal estar, dor de cabeça, alterações cardíacas leves e inchaço nos
olhos. Segundo o Ministério da Saúde existem cerca de três milhões de pessoas
infectadas com a doença no país.

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