Vazamento de óleo já foi contido, acredita Defesa Civil do PR

A Defesa Civil acredita que tenha o vazamento de óleo do navio Vicuña, que explodiu na noite do dia 15 quando descarregava metanol no Porto de Paranaguá, litoral paranaense, já tenha sido contido. "As pessoas que trabalham na contenção tem nos dito que o óleo é do material que ficou no meio dos destroços e aparece em decorrência do movimento da maré", disse o tenente Gilson Matos. "Não podemos afirmar que seja algum tanque rompido."

Mergulhadores contratados pela empresa responsável pelo navio para a retirada da embarcação devem confirmar essa informação tão logo a água fique mais limpa. Bombas têm sugado o óleo para uma barcaça e dali para fora do mar. Como a quantidade de óleo bunker (combustível do navio) já é bem menor, as barreiras de contenção estão retendo o material próximo ao que sobrou da embarcação.

Na segunda-feira à tarde, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Rasca Rodrigues, sobrevoaram os dez pontos mais críticos da Baía de Paranaguá. A maior preocupação é com as áreas de manguezais, onde o óleo ficou retido. No mar, a mancha de óleo já está praticamente dissipada, levada pelas correntes de água.

Na quinta-feira será iniciado o treinamento de mais 2,5 mil pessoas para realizar limpeza artesanal, pagos pela seguradora do navio. Como as praias já vinham sendo limpas pelos moradores, os novos contratados devem fixar-se mais em áreas de mangue. "É um trabalho longo e demorado", avaliou Cheida.

Após uma análise, a secretaria decidirá se amplia o período do defeso, quando é proibida a captura de caranguejos. As empresas envolvidas no acidente estão providenciando cestas básicas para os pescadores, que também devem receber um salário mínimo liberado pelo governo federal.

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