Vandalismo em praças de Curitiba causa prejuízo anual de R$ 1 milhão

A Prefeitura de Curitiba teve de recuperar, entre outubro de 2005 e setembro de 2006, 205 gangorras, 198 bancos, 95 traves de futebol e 145 alambrados em parques da cidade por causa da ação de vândalos. O acumulado no período totaliza 1.203 concertos e reposições de equipamentos. Os atos de vandalismos em parques e praças causam ao município um prejuízo superior a R$ 1 milhão por ano. O cálculo é do Departamento de Praças e Parques da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Na semana passada, a Prefeitura de Curitiba lançou uma campanha contra o vandalismo, com o objetivo de reduzir os prejuízos aos cofres públicos, que chegam a R$ 3 milhões por ano. A população pode denunciar atos de vandalismo pelo telefone 153, da Guarda Municipal.

Segundo o gerente de Praças, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Luiz Albuquerque, o vandalismo consome todos os meses 73% dos recursos públicos destinados à manutenção de praças. "O dinheiro que poderia ser usado para novos atrativos, ou mesmo na ampliação dos espaços de lazer, acaba sendo direcionado para consertar equipamentos quebrados", diz o gerente.

Em algumas praças, a recuperação de equipamentos chega a ser feita mensalmente. Este é o caso da praça Mário Vendramel, na Vila das Torres. Outros pontos que sofrem com o mesmo problema são as praças da Vila Oficinas, a Santa Efigênia, na Barreirinha, e a Afonso Botelho (em frente ao estádio do Atlético), no bairro Água Verde. Esta última é alvo constante de pichações.

"Os vândalos picham, quebram e ateiam fogo. Não existe coerência nos atos. Eles destroem o que é deles mesmo. É como destruir o próprio quintal ou jardim de casa", afirma o gerente Luiz Albuquerque.

Um dos atos mais bárbaros aconteceu na praça Mário Calmon Eppinghauss, no Juvevê. No ano passado, os vândalos quebraram quase que integralmente os equipamentos do local e ainda colocaram fogo nos sanitários. Depois do episódio, a praça foi revitalizada e a Prefeitura construiu no local um Núcleo de Proteção ao Cidadão.

Os mesmos problemas de vandalismo são registrados com freqüência nos parques. Os mais visados são o Náutico, que passa por uma revitalização, o Bosque do Trabalhador, na CIC, e o Tingüi, mas, de forma geral, churrasqueiras e lixeiras dos 30 parques da cidade sofrem seguidas depredações.

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