Vale ficará com 23% da importação chinesa de minério

As importações chinesas de minério de ferro devem totalizar 400 milhões de toneladas este ano, caso o ritmo de crescimento de 23,5% dos primeiros quatro meses de 2007 seja mantido. As compras chinesas chegarão a 134 milhões de toneladas do produto. As estimativas, que consideram os negócios globais da China, são do diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidos da Vale do Rio Doce, Fábio Barbosa, para o qual não há sinais de que o avanço chinês possa desacelerar.

O executivo estimou que o mercado transoceânico chegará a 1 bilhão de toneladas de minério a partir de 2011. Hoje, a Vale é a maior fornecedora de minério para o país e vai responder por 23% das importações chinesas este ano. Para ampliar as vendas, a empresa está desenvolvendo um projeto para transportar minério entre os dois países.

Segundo Barbosa, é possível que a mineradora conte com 20 navios nos próximos cinco anos para fazer essas transações. Para isso, a Vale poderá ter uma participação acionária ou fazer parcerias de longo prazo. "Podemos ter uma participação acionária em uma empresa encarregada do transporte ou fechar parcerias com contratos de longo prazo. Mas ainda estamos estudando a melhor opção", afirmou o executivo.

Para Barbosa, o anúncio feito pelas maiores siderúrgicas chinesas de que poderiam se unir para reduzir impactos da variação do preço do minério não é uma grande preocupação para a companhia brasileira. "Essas empresas já são unidas atualmente e isso não deve alterar a dinâmica de negociação de preços", ressaltou.

O executivo estima que a produção de aço na China chegará a 500 milhões de toneladas este ano, ante 417 milhões de toneladas em 2006. Segundo a Vale, o minério de ferro brasileiro é de 13% a 15% mais barato que o indiano e o chinês.

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