Um preso morre e 16 pessoas ficam feridas durante rebelião no Rio

Rio de Janeiro – Um preso morreu e outras dezesseis pessoas ficaram feridas durante rebelião nesta quinta-feira (7) no presídio Ary Franco, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Entre os feridos estão dois agentes penitenciários. O motim teria sido motivado por uma tentativa de fuga de 60 presos, por volta das 6 horas da manhã.

Os detentos rebelados, que fazem parte, segundo a polícia, de uma quadrilha que pratica extorsões por telefone, renderam um guarda, no momento de conferência dos presos, procedimento feito antes do café-da-manhã. Eles roubaram a pistola usada pelo agente e se dirigiram à sala dos inspetores penitenciários, onde renderam outros três guardas.

Depois disso, eles partiram para outras galerias onde começaram a brigar com presos de grupos rivais. Com a rebelião, policiais do Grupamento de Intervenções Táticas (GIT) da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, foram chamados. Eles entraram no presídio e conseguiram controlar a situação.

Durante a rebelião, um dos quatro agentes feitos reféns recebeu estocadas e pauladas dos presos. Outro foi atingido por uma bala de borracha disparada acidentalmente por um dos policiais do GIT. Quatorze presos ficaram feridos, sendo que um deles, ainda não identificado, morreu no hospital.

Segundo o coordenador de Segurança da Secretaria Penitenciária, coronel Cesar de Carvalho, a rebelião teve início com a falha de um agente, que não deveria ter entrado sozinho e armado, em uma galeria.

?Existem áreas limítrofes em que o agente não pode entrar com uma arma letal, justamente para que ele não seja pego de refém e venha municiar um grupo que, até então, não tinha poder de fogo, e passa a dificultar nossa intervenção?, disse o coronel. ?Então, é proibida a circulação de agentes com arma de munição letal no interior de galerias.?

Esta é a segunda rebelião no presídio Ary Franco, em menos de uma semana. A primeira delas aconteceu na última segunda-feira (4), quando os detentos se rebelaram com a atitude de alguns agentes penitenciários. De acordo com familiares dos presos, um dos inspetores forçou dois presidiários a manterem relações sexuais um com o outro.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o agente supostamente envolvido no caso de abuso sexual já foi afastado e está sendo investigado.

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