UEM desenvolve projeto sobre destinação final de resíduos têxteis em Maringá

?Tratamento de Efluentes Têxteis? é o título do projeto que será realizado pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM) junto a três lavanderias da região. O convênio foi assinado esta semana em Curitiba, e conta com recursos de um edital lançado pelo Sebrae em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Governo Federal.

A atividade das lavanderias gera efluentes poluentes com alta concentração de compostos coloridos. Os tratamentos convencionais (chamados de precipitação ou coagulação) transformam os resíduos em material sólido, que precisa ser submetido a novos tratamentos ou ser encaminhado a aterros industriais. Maringá não conta com estes aterros, por isso, os empresários pagam para que o material seja transportado até Curitiba.

O projeto da UEM, que é coordenado pela professora Célia Regina Tavares, propõe o processo de oxidação avançada dos resíduos, transformando-os em um composto de gás (CO2)e água, sem impacto poluente. A tecnologia atendia às expectativas do edital Finep/Sebrae, que dava prioridade ao investimento de recursos na área têxtil da região de Maringá. E também vinha ao encontro das expectativas das indústrias, que, junto com o Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR), está buscando alternativas para a destinação final de seus resíduos de produção.

Operacionalização

Agora, com o projeto aprovado e o contrato assinado, começa o processo de implementação da tecnologia que, num primeiro momento, será testada em laboratório no Departamento de Engenharia Química da UEM. Depois disso, uma das três empresas que estão participando do projeto será escolhida para ser palco do projeto em escala ampliada, momento que será chamado de projeto piloto. E, durante toda esta trajetória estarão sendo colhidos dados para a determinação de estratégias que facilitem a terceira fase da proposta: o repassar da tecnologia para o restante das empresas.

?A idéia é que a gente consiga patentear este processo. Mas, primeiro temos que nos certificar da sua viabilidade em escala ampliada?, explicou a coordenadora da iniciativa.Célia Regina vai trabalhar em parceria com outros professores do Departamento ? Eneida Cossick, Rosângela Bergamasco e Carlos de Barros Jr. ? e uma professora do Departamento de Engenharia Civil, Cláudia Teles Benatti. E parte dos R$ 400 mil repassados pelo edital Finep/Sebrae será empregada na contratação de uma pesquisadora com nível de doutorado.

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