UDR quer apurar irregularidades em ocupação do Incra

A União Democrática Ruralista (UDR), entidade que representa donos de fazendas, vai pedir ao Ministério Público Federal (MPF) que investigue se houve prevaricação – crime cometido por funcionário público quando retarda ou deixa de trabalhar por interesse próprio – de agentes públicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) durante as invasões dos prédios do órgão por militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST).

O presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia quer ter a certeza de que os responsáveis pelas repartições "tomaram todas as providências legais cabíveis" para identificar e punir os responsáveis pelas ações. Ele considera que a invasão de prédios públicos causa danos ao patrimônio e perdas decorrentes da paralisação forçada dos servidores. "Há todo um custo que, no final das contas, acaba sendo arcado pelo contribuinte."

No caso da sede do Incra em Brasília, houve depredação e estragos, mas, apesar disso, o presidente do instituto, Rolf Hackbart, foi negociar com os invasores. "O que pretendemos com a representação é saber se ele teve a mesma pressa em denunciar formalmente a invasão aos órgãos policiais e cobrar a identificação dos responsáveis." Se não agiu dessa forma, segundo Nabhan Garcia, o presidente do Incra pode ter incorrido em prevaricação.

São Paulo

Ele disse que a mesma providência será tomada no Estado de São Paulo, onde escritórios regionais do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) foram invadidos. Nesse caso, a representação será protocolada no Ministério Público Estadual (MPE). O Itesp informou que não houve invasão dos escritórios, mas apenas manifestação na frente dos prédios, sem prejudicar o funcionamento.

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