Tufão pode ter matado 500 pessoas nas Filipinas

O tufão Durian que atingiu nesta sexta-feira (01) a região central das Filipinas com intensas chuvas e ventos de até 265 km/h, provocando inundações e deslizamentos de terra, pode ter causado a morte de cerca de 500 pessoas. Os números eram contraditórios. A Cruz Vermelha filipina confirmou a morte de 388 pessoas e o desaparecimento de outras 96. Mas a Defesa Civil disse que 198 pessoas morreram e havia 260 desaparecidos. Segundo Fernando González, governador da Província de Albay, a mais afetada, essa cifra inclui 109 pessoas que morreram nos deslizamentos das encostas do vulcão Mayon, a cerca de 320 quilômetros ao sul de Manila. Também afetado pela fúria do tufão, o Mayon lançou cinzas sobre os povoados próximos.

O tufão, que alcançou a categoria 5 – a mais intensa na escala Saffir-Simpson -, derrubou postes de energia elétrica e linhas telefônicas, afetando mais de 22 mil pessoas e provocando a suspensão de vôos e viagens por mar. Em uma aldeia próxima ao Mayon, soldados escavavam a lama com as mãos para desenterrar as vítimas. Uma mulher grávida foi encontrada viva e levada de helicóptero a um hospital. "As mãos e pernas de alguns dos mortos saíam do lodo", disse o coronel Robert Morales, responsável pela brigada de resgate na região de Bicol.

As agências de ajuda humanitária pediram o envio de água, remédios e sacos para colocar os corpos. Milhares de desabrigados lotavam colégios e igrejas, enquanto alguns moradores permaneciam isolados nos telhados de suas casas. O Durian – nome de uma fruta asiática espinhosa e de forte odor – foi o quarto tufão a atingir as Filipinas em três meses. Os meteorologistas esperam outra grande tempestade antes do fim do ano. Em setembro, 213 pessoas morreram quando o tufão Xangsane atingiu o norte e o centro do país. O tufão Durian seguiu hoje à tarde para o Mar do Sul da China e se debilitou ao passar pela Ilha de Mindoro, ao sul de Manila, com ventos de 150 km/h. Ele deve perder ainda mais força e se tornar uma tormenta tropical antes de chegar na segunda-feira ao Vietnã.

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