Tudo muito engraxado

Por e-mail, está circulando em todo o País o seguinte:

?A graxa da Câmara.

Os sapatos dos nossos parlamentares devem brilhar mais que as barrigas inchadas e verminadas das nossas crianças famintas. Acredite se quiser…

O presidente da Câmara Federal, o triste deputado Severino, quer todos os parlamentares, assessores e funcionários da Casa de sapatos reluzentes. Acaba de abrir uma licitação para contratar serviços de engraxataria no prédio, num total de R$ 3,135 milhões por 12 meses, o que dá R$ 261 mil por mês, ou ainda, R$ 8,7 mil por dia. O valor diário equivale à alimentação de 174 famílias num mês, pelas normas do Fome Zero!

A custos da iniciativa privada, são mais de 3.500 pares de sapatos engraxados diariamente. Pode? É pessoal, os palhaços somos nós… Temos que pagar o projeto Fome Zero e com os sapatos desengraxados, ou pior, sujos com toda essa lama, na qual se misturam os dirigentes desta pobre nação. Por favor, repassar este e-mail já e fazer alguma coisa. Dra. Maria da Glória Bessa Haberbeck – OAB 3515?.

Verdade ou mentira? Nossa tendência é acreditar que é verdade, pois o dinheiro do povo, notadamente na nova administração da Câmara de Severino Cavalcanti, é gasto com a maior sem-cerimônia. E não estranharia que a Casa também fizesse um estoque de óleo de peroba, para lustrar os caras de pau.

É preciso fazer algo. Pelo menos investigar para ver se tal absurdo, esse vergonhoso confisco no bolso do povo para engraxar sapatos de engravatados deputados, assessores e altos funcionários, é verdade. Senão, que bom. Verdade são outros assaltos, como o absurdo aumento das verbas de gabinete. Portanto, existem muitas probabilidades de que a história da graxa, que não tem nenhuma graça e é um assalto contra o bolso dos contribuintes, seja verdadeira.

Nós já pagamos selos para correspondência, funcionários nomeados sem concurso, não raro figuras da panelinha da autoridade nomeante e sem nenhuma habilitação. Pagamos também despesas de seus escritórios nos respectivos estados, funcionários que recebem vencimentos por correspondência e não poucos que nunca trabalharam. Também pagamos moradias para deputados federais e alguns deles nem mais representantes do povo são. Mas não devolvem os apartamentos ditos funcionais. Pagamos veículos, motoristas e trombadas. E o seu uso fora do serviço, para transporte de madames ou cabos eleitorais. Está na hora de investigar com rigor e fazer uma limpa no parlamento, para que ele recupere o indispensável respeito que precisa ter do povo e que só pode vir quando se comportar com dignidade.

Mas há um consolo: o presidente Severino Cavalcanti irá ao enterro do papa com sapatos pretos reluzentes…

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