Tratamento desigual

Os professores das universidades estaduais finalmente foram informados que o governo pretende encaminhar à Assembléia um projeto concedendo reposição salarial média de 18,68%. Eles haviam feito, há um mês, uma greve de advertência para reclamar a reposição das perdas acumuladas desde 1997, em 70%.

De sua parte, os reitores Vitor Hugo Zanette, Gilberto Pavanelli e Lygia Pupatto, respectivamente das universidades do Centro-Oeste, Maringá e Londrina, se não rasgaram elogios à medida, entenderam que o limite sugerido situa-se dentro das possibilidades do governo e será implantado.

Os docentes lutam pela reposição de 70% e deverão continuar discutindo a questão em assembléias internas. As cinco universidades e 11 faculdades estaduais empregam cerca de oito mil docentes. O aumento deverá ser diferenciado e elevará as despesas do governo com pessoal em R$ 40 milhões por ano.

Enquanto estados importantes como Minas e Rio Grande do Sul, por exemplo, têm o sistema de ensino superior quase inteiramente mantido pelo governo federal, no Paraná existe apenas uma universidade nessas condições, a UFPR.

A conta é enorme, mas compensada pelo bom nível das nossas universidades, reconhecido pelo próprio MEC, embora não haja como minimizar o impacto financeiro resultante do tratamento desigual por parte da União.

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