Tratamento abarcante

O prefeito Beto Richa (PSDB) foi escolhido por seus pares da Região Metropolitana de Curitiba para presidir a associação dos municípios, mais conhecida pela sigla Assomec. Até então, a entidade era dirigida pelo prefeito Antônio Wanderscheer (PPS), de Fazenda Rio Grande.

Desnecessário é referir-se à importância da função, dado o volume de problemas econômicos, sociais e urbanos que o conjunto de municípios da RMC acumula na atualidade, desafio cujo enfrentamento deve somar as ações das gestões municipais ao esforço dos governos do Estado e União. Não se pode demandar ações isoladas, quando a natureza dos problemas requer um tratamento abarcante.

Todos os municípios metropolitanos sofrem o desgaste de problemas comuns como a favelização, meio ambiente comprometido, destinação de resíduos sólidos, ocupação urbana desordenada, transporte, desemprego, violência e outras seqüelas trazidas pelo crescimento populacional das últimas duas décadas.

O município de Curitiba afeta e é também afetado – em grande medida – pela problemática, agindo como pólo de atração, agregação e difusão de atividades nos setores do comércio, indústria e serviços. É natural, pois, que a grande massa da população economicamente ativa da RMC tenha a capital como alvo prioritário, exercendo sobre ela uma pressão geradora de novos gargalos.

Apenas os municípios de São José dos Pinhais, Araucária e Campo Largo, graças à expansão industrial, fogem a essa regra, passando também a atrair populações vizinhas em busca de emprego e o conseqüente crescimento do potencial de desajustes.

Espera-se do prefeito Beto Richa disposição proativa na liderança político-administrativa que lhe cabe como prefeito da maior cidade do Estado, além da proficiente modelagem da integração da RMC, logrando identificar e valorizar vocações localizadas e, ao mesmo tempo, propondo soluções harmônicas para uma situação próxima do caos.

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