Tiroteio em campus é o pior da história nos EUA

Um homem abriu fogo nesta segunda-feira (16) num dormitório e numa sala da Universidade Politécnica de Virgínia, matando 30 pessoas, no incidente do tipo com maior número de vítimas na história dos EUA. O atirador também foi morto, mas não estava claro se ele era um membro da universidade nem se foi morto pela polícia ou se suicidou. Os feridos seriam 29.

"Hoje a universidade foi abalada por uma tragédia que consideramos de proporções monumentais", afirmou o presidente da universidade, Charles Steger. "A universidade está em choque e, na verdade, horrorizada".

O massacre teve início por volta das 7h15 (locais) num dormitório que abriga 895 pessoas num extremo do campus de 1.052 hectares, e teve continuidade duas horas depois numa classe do prédio da engenharia, no lado oposto do campus. Informações iniciais davam conta que um estudante foi morto no dormitório e as demais pessoas, na classe.

A polícia informou que ainda investigava os disparos no dormitório – com todo o campus sob ordens para que permanecessem em suas salas – quando recebeu notícias do tiroteio na engenharia.

Até hoje, o incidente com mais vítimas num campus havia ocorrido em 1966 na Universidade do Texas. Um estudante subiu numa torre de observação no 28º andar do prédio do relógio e abriu fogo indiscriminadamente, matando 16 pessoas antes de ser morto pela polícia. Em 1999, dois adolescentes abriram fogo na Escola Secundária de Columbine, no Colorado, matando 12 colegas e um professor antes de se matarem.

A maior matança a tiros na história dos EUA havia ocorrido numa lanchonete em Killen, Texas, em 1991. George Hennard jogou sua picape dentro da Luby’s Cafeteria e matou a tiros 23 pessoas, e depois se suicidou.

Uma porta-voz da Casa Branca disse que o presidente George W. Bush ficou horrorizado com o incidente e ofereceu suas preces às vítimas e ao povo de Virgínia. "O presidente acredita que as pessoas têm o direito de portar armas, mas que todas as leis têm de ser respeitadas", frisou a porta-voz, Dana Perino. O presidente deve fazer um pronunciamento à nação sobre o incidente.

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