Tio de Suzane Richthofen teme por segurança de Andreas

São Paulo – O Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou à Justiça um termo de declaração do médico Miguel Abdalla, tio de Suzane von Richthofen, dizendo que viu a sobrinha diversas vezes rondando sua casa, no Jardim Aeroporto, há uns dois meses, acompanhada de uma pessoa, em um Santana. Abdalla declarou que, se Suzane for libertada, o irmão dela, Andreas, estará em risco.

Os dois brigam pela herança dos pais, Manfred e Marísia, de cujo assassinato ela participou, em 2002. O documento tinha como destinatário o desembargador Damião Cogan, que vai julgar a liminar do habeas-corpus da jovem, pedido na segunda-feira.

Chegaram às mãos de Cogan todas as informações que ele pediu para apreciar o recurso. O juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri, mandou detalhes dos fundamentos do decreto de prisão, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que ela se apresentou espontaneamente e ficou algemada durante a primeira noite presa e o Consulado da Alemanha declarou que a jovem não pediu visto para viajar. A decisão deve sair na segunda-feira.

"O documento do consulado deixa evidente a farsa da acusação", disse um dos advogados de Suzane, Mário de Oliveira Filho. O promotor do caso, Roberto Tardelli, divulgou a informação alegando que era um indício de que ela tentaria fugir

Cravinhos

Ontem, Chequini negou o pedido de revogação da prisão preventiva dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, acusados de participar da morte do casal. Eles pediram para sair da cadeia após reportagem do "Fantástico", da Rede Globo.

A defesa pediu igualdade de tratamento entre os réus – ou seja, que libertasse os irmãos, porque Suzane estava solta. "E, exatamente por tal motivo (igualdade), é que a prisão cautelar deve ser mantida, eis que também a co-ré encontra-se em custódia preventiva", entendeu o juiz. Suzane está presa em Rio Claro,SP.

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