O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, está entregando, neste momento, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Granja do Torto, um relatório da Polícia Federal contendo um resumo de 13 inquéritos que apuram denúncias de corrupção, inclusive contra integrantes dos altos escalões do governo, entre eles o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e ex-dirigentes petistas, como o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, além do marqueteiro Duda Mondonça.
Pouco antes, após participar de uma solenidade no Ministério da Saúde, Bastos informou que o indiciamento das pessoas envolvidas nas denúncias de recebimento de mensalão ocorrerá no momento oportuno, em articulação da PF com a Justiça e o Ministério Público. Ele disse que entende a ansiedade da imprensa e da opinião pública em ver logo os culpados sendo punidos, mas ressaltou que a PF trabalha com produção de provas, que demanda mais tempo em virtude da necessidade de realização de perícias e diligências. Ele fez uma distinção entre o que é julgamento político pelo Congresso, que ocorre mais rapidamente, e investigação policial para posterior julgamento pela Justiça, que é mais demorado.
"Posso dizer que a investigação (da PF) avançou bastante indiciou muita gente, já prendeu, pediu prisões e quebras de sigilos, e o trabalho caminha num ritmo adequado", afirmou. No Ministério da Saúde, ele participou de um ato em prol da campanha do desarmamento. Na oportunidade, a Saúde divulgou pesquisa segundo a qual o número de mortes por armas de fogo, no Brasil, caiu 8,2% em 2004 ante 2003, o que representa 3.234 vítimas a menos. Esta foi a primeira vez, em 13 anos, em que o número de mortes por essa causa cai no País