TGV admite que pode não depositar sinal

O coordenador da entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsilac, mudou o tom de seu discurso durante uma manifestação de funcionários na porta da Varig, que está em processo de recuperação judicial há mais de um ano. Ele admitiu, pela primeira vez, que existe a possibilidade de a TGV não depositar o sinal de US$ 75 milhões exigidos pela Justiça para a concretização da venda da empresa. "Ninguém tem 100% de segurança de que esses recursos serão apresentados na sexta-feira", disse. "Se com quem nós estamos negociando não vingar, não teremos como depositar", afirmou Marsilac, ao convocar os funcionários para uma grande mobilização na sexta-feira pela manhã, data limite fixada pela Justiça para o depósito do dinheiro.

Entretanto, o coordenador da TGV disse que continua negociando a obtenção de recursos com três grupos. "As três frentes que nós temos ainda não recuaram diante da grande depreciação que estamos vivendo no momento.

Durante o discurso para os manifestantes, Marsilac criticou a postura do governo e disse que os funcionários não vão deixar a Varig deixar de operar, "mesmo que ela esteja com um só avião". Ele não poupou críticas também à demora da Justiça em homologar a compra da companhia aérea pela TGV. O coordenador lembrou que, quando houve o leilão, a Varig operava com 49 aviões e, 11 dias depois, quando a operação foi homologada, a empresa só podia contar com 19 aeronaves. Isso, segundo ele, afasta os investidores.

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