Duas testemunhas de acusação reconheceram nesta segunda-feira (04) Sheila Messias Nogueira como uma das pessoas que atacaram o ônibus 350, em Brás de Pina (zona norte), em novembro do ano passado. Os criminosos incendiaram o veículo e mataram cinco passageiros, entre elas um bebê. Outras 16 vítimas ficaram feridas.
O julgamento de Sheila, o terceiro relacionado ao caso, começou às 11h30 de hoje, com duas horas e meia de atraso, no 2.º Tribunal do Júri da Capital. A previsão era de que a sessão se estenderá até a madrugada. No mês passado, o traficante Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, e o líder comunitário Alberto Maia da Silva foram condenados, respectivamente, a 444 anos e seis meses e a 309 anos e cinco meses de reclusão pelo mesmo crime.
Ao ser interrogada, Sheila optou pelo silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta. Em seguida, foi reconhecida pelas duas testemunhas como a mulher que fez sinal para o ônibus parar e invadiu o coletivo. Elas disseram que Sheila era uma das pessoas mais exaltadas durante a ação dos criminosos. Hoje, uma testemunha da defesa não compareceu. Sheila está sendo representada pelo defensor público Marcelo Machado da Fonseca. Pela acusação atua o promotor de Justiça Ricardo Abdenur. O presidente do júri é o juiz Luiz Noronha Dantas.