Teste de DNA liberta homem depois de 17 anos de prisão nos EUA

A Corte Distrital de Detroit (EUA) libertou hoje, com base em exame de DNA, um homem que fora considerado culpado pelo assassinato de uma adolescente na década de 1980. Durante seu processo, Eddie Joe Lloyd confessou em detalhes horripilantes o estupro e assassinato de Michelle Jackson, de 16 anos, solucionando um caso que tinha aterrorizado Detroit depois de uma onda de raptos fatais de crianças na área.

Hoje, após a leitura de sua absolvição, e mesmo depois de ter passado 17 anos atrás das grades, Lloyd levantou seus braços e soltou um enfático ?muito obrigado?.

Lloyd, que estava em um hospital para doentes mentais na época de sua prisão e que entrou em contato com a polícia sobre o caso de Michelle, tem mantido desde sua condenação que a confissão foi uma história que ele inventou juntamente com o detetive para esconder o verdadeiro assassino.

Durante a audiência de hoje, os promotores públicos e os advogados de defesa se apresentaram diante do mesmo juiz que sentenciou Lloyd à prisão perpétua, em 1985, e que, na época, lamentou o fato de o Estado de Michigan não ter pena de morte. Os advogados apresentaram o teste de DNA para demonstrar que Lloyd era o homem errado e solicitaram a sua soltura.

A absolvição de Lloyd – a 110ª do país baseada em teste de DNA, segundo o Projeto Inocência da Cardozo Law School de Nova York – ocorre no momento em que investigadores federais continuam sua pesquisa para sabe se o Departamento de Polícia de Detroit violou sistematicamente leis de direitos civis.

Isso também ressalta a crescente preocupação com confissões falsas, que têm influído em cerca de 20% das absolvições com o teste de DNA.

Voltar ao topo