Tasso admite assumir a presidência do PSDB em caso de consenso

O senador Tasso Jereissati (CE) admitiu ocupar a presidência do PSDB caso haja um "consenso partidário" em torno do seu nome. Tasso tem o apoio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que recentemente traçou um perfil adequado ao tucano cearense para suceder o senador Eduardo Azeredo (MG) no comando da legenda.

"Eu não pensava em ser presidente do partido, mas eu acho que hoje, desde que haja realmente consenso dentro do partido, eu posso desempenhar isso" disse Tasso neste domingo, em Diamantina. Nesta segunda-feira, ele foi condecorado pelo governador mineiro com a Medalha Presidente Juscelino Kubitscheck.

Aécio defende que o novo presidente do PSDB seja um nome com "dimensão nacional" de fora da região sudeste, que não exerça cargo executivo e nem dispute as eleições do ano que vem. O mandato no Senado de Tasso – que já presidiu o partido – termina no final de janeiro de 2011.

Embora afirme que "há um sentimento nos últimos anos de que a política está muito paulista", o senador disse que não considera que o PSDB seja comandado por um "núcleo" de São Paulo. "Não existe essa questão de núcleo paulista. Existe uma questão de objetivo, de proposta", afirmou Tasso. Segundo ele, o PSDB é um partido nacional e seu estado já foi o mais importante para a legenda. "O setor mais importante do PSDB, em determinado momento vital, foi o Ceará, que sustentou o PSDB no início dele".

Tasso disse que está ciente da responsabilidade de presidir o partido quando o País atravessa uma grave crise política, mas estabelece condições para comandar a legenda. Cobra, por exemplo, a "construção de um projeto que fortaleça acima de tudo o partido" e que "as aspirações pessoais sejam colocadas de lado".

O senador assistiu na noite de domingo, ao lado de Aécio e outros políticos agraciados, à apresentação da Vesperata – exibições de bandas de música nas sacadas do casario histórico da cidade mineira. Nesta segunda, Tasso defendeu o ingresso do senador Delcídio Amaral no PSDB. Ele considera que o presidente da CPI dos Correios – atualmente no PT – tem um perfil ideal para o partido.

Voltar ao topo