Tarso cita Jarbas, Simon e Jobim como possíveis vices na chapa do PT

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, reafirmou ontem que o PT quer uma aliança "formal e jurídica" com o PMDB e seria "natural" o aliado indicar o vice na chapa petista para a Presidência. O ministro até citou três nomes do partido para compor a chapa com o PT, que ele resistiu em admitir que será encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Tarso lançou os nomes do ex-governador pernambucano Jarbas Vasconcelos, do senador Pedro Simon (RS) e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim. "São quadros ilustres do PMDB, quadros importantes na nossa opinião", disse ontem em almoço-debate com empresários na capital paulista

Cauteloso, Tarso fez questão de ressaltar que a aliança ainda não está fechada. Nesse momento, listou outros três nomes para vice. Segundo o ministro, "o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PSB-CE ), o deputado Eduardo Campos (PSB-PE)e o vice-presidente José Alencar (PMR-MG)" seriam três nomes cotados. Ciro foi ministro da Integração Nacional, e Eduardo Campos, de Ciência e Tecnologia

Em tom elogioso, Tarso avaliou que "o PMDB tem uma vocação importantíssima para o futuro do País" e "será no próximo período um partido de governo", mesmo que opte por não formar aliança com ninguém na eleição ou diante de uma vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa

Tarso era o protagonista do almoço e respondeu polidamente a todas as perguntas do empresariado, algumas bastante agressivas. Indagado se não era "feio o presidente da República mentir dizendo que não é candidato", não se abalou. "Não é somente uma questão política, é uma condição jurídica que ocorre numa determinada convenção. Então é absolutamente natural que qualquer presidente preserve essa situação enquanto não houver uma decisão que o vincule juridicamente a ela", esquivou-se

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