O remédio usado no tratamento da osteogênese imperfeita, doença que provoca fraturas nos ossos, antes disponível apenas em clínicas particulares, poderá ser usado também em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O remédio, que tem como princípio ativo o pamidronato dissódico, será disponibilizado ainda este mês, no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip). A instituição de saúde pública foi credenciada pelo Ministério da Saúde como hospital de referência no tratamento da doença.
De acordo com a coordenadora do serviço de Endocrinologia do Imip, Thereza Selma Soares, a doença provoca fraturas ortopédicas, deformações e compromete o crescimento. "Além disso, a criança fica impedida de participar de brincadeiras como jogos com bola e pega-pega", destacou.
O tratamento consiste na aplicação do medicamento na veia, por três dias a cada quatro meses. Os pacientes vão ser acompanhados por uma equipe formada por endocrinologistas, ortopedistas, geneticistas, clínicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
A osteogênese imperfeita é uma doença de origem genética, que provoca uma falha no colágeno (tecido formador do osso) e resulta em estrutura óssea extremamente frágil, sujeita a fraturas contínuas. De causas desconhecidas, a doença é geralmente hereditária e pode provocar fragilidade nos dentes. As causas são desconhecidas, mas em geral a doença é hereditária. A doença atinge um em cada 21 mil bebês, segundo dados da Associação Brasileira de Osteogênese Imperfeita.