Superávit comercial deve cair para US$ 40 bilhões este ano

O superávit da balança comercial deste ano deve ficar ao redor de US$ 40 bilhões, de acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Em janeiro, quando divulgou os números da balança comercial de 2005, o ministro havia informado apenas a meta de exportações para o ano que é de US$ 132 bilhões. A previsão feita hoje por Furlan mostra redução do saldo comercial neste ano, já que em 2005 o superávit comercial ficou na casa dos US$ 44 bilhões

Furlan inicia hoje a análise dos números da balança comercial no semestre e, a partir desse estudo, fará uma nova projeção dos dados das exportações e do saldo. "Mas adianto que, tudo indica, o saldo vai ficar ao redor de US$ 40 bilhões", afirmou o ministro, que participou pela manhã em São Paulo do Fórum "Desafios do Varejo". Ao comentar os números do primeiro semestre, Furlan ressaltou que as exportações de janeiro a junho ficaram US$ 400 milhões abaixo do esperado. Esse montante corresponde, segundo ele, a um dia de vendas externas

De acordo com o ministro, as exportações de junho foram surpreendentes, superando em US$ 800 milhões o resultado de junho de 2005. Isso porque, segundo ele, a última sexta-feira, dia 30 de junho, foi atípica para as vendas externas. Pela primeira vez na história, as exportações ultrapassaram o valor de US$ 1 bilhão em um único dia. Na avaliação do ministro, este salto está relacionado ao fim da greve dos auditores fiscais, que represava as vendas externas, além do final do mês, do trimestre e do semestre, o que leva muitas empresas a fazerem grandes esforços, para fechar embarques e contas

O ministro acredita que, nas próximas semanas, haverá regularização das exportações retidas por dois meses de greve dos fiscais. Por enquanto, na avaliação do ministro Furlan, a média de US$ 132 bilhões para o ano nas vendas externas está se comprovando bem como o incremento das importações. "Não há um quadro muito diferente do que foi traçado pelo governo. O que nos preocupa é que setores de mão-de-obra intensiva e consumidores de insumos nacionais têm perdido competitividade", lamentou o ministro

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